sexta-feira, 31 de julho de 2015

Preparando o futuro

A mudança prossegue. Caixas e mais caixas no novo endereço, restos de coisas no endereço antigo.

Ainda durmo na casa que estou esvaziando. Apesar de não ter mais fogão, não ter mais quase nada, sigo aqui, mas hoje dormirei no novo endereço e sozinha.

Esta mudança está sendo mágica, sob vários aspectos. Indescritível. Libertadora. Leve.

Recomeçar sem escombros, com união cada um em seu canto. 

Nunca fui padrão de nada. Minha infância foi sem pai sem mãe. Minha adolescência foi sem eira nem beira. Minha formação foi no susto e uma luta pela sobrevivência e agora a chance de uma nova fase, desconhecida, sem parâmetros, sem paradigmas, mas a entrega a cada novo dia é permanente.  




sábado, 25 de julho de 2015

Reaprendendo a mudar, porque o mundo virá

Sigo lendo "O Mundo que virá" sempre que sobra um tempo, mas nestes dias estou esvaziando armários para a mudança de casa semana que vem.

Esqueci como se muda. Tenho estado escondida, acomodada em uma vida apática, que nem fazia ideia como mudanças são energéticas. Precisava mudar.

Esta está sendo uma mudança em todos os sentidos, um marco importante para a vida que virá. Daqui para a frente vou ser dona do meu nariz, fazer o que eu gosto, do jeito que eu gosto, nos horários que me convém. Não vou me esconder atrás de relações que não me sinto bem. Não vou fingir isso ou aquilo. Vou simplesmente existir e ser eu mesma. Vou ficar só e aprender a fazer por mim. Estou deixando para trás móveis, livros e outros objetos. Vou reconstruir um lar, do meu jeito. Não vai ser fácil, mas vai o melhor que puder criar.

domingo, 19 de julho de 2015

Tempos de generosidade!

Adoro arte, técnicas artísticas, ideias sobre organização e decoração, tudo que transforma a vida mais rica em significados.

Confesso que não sei associar muito os artistas às suas obras, mas isso não importa. Certas obras me tocam e eu me debruço sobre elas e respiro e me inspiro.

Estou lendo "O Mundo que virá" de Dara Horn, livro que recebi na última troca de livros e que furou toda a fila de espera, inclusive dos livros em leitura. Através deste romance estou me enfronhando por outros aspectos na Rússia de 1920, na guerra, fome e massacre de judeus. Neste mundo desestruturado e terrível Chagall iniciou sua arte. O livro tem como pano de fundo esta obra, com uma trama muito envolvente.

O tempo este ano é curto para leituras, mas não desisto. Em breve finalmente a mudança de casa, de vida, de ares. E quem sabe um pouco de rotina e prazer nela e com ela.

Chagall inspira novos voos, mudanças, cores e nuances:

"Dias e horas e anos não são o tempo, são apenas recipientes, e, com frequência, vazios. O mundo está parado, sem tempo e vazio, até que, num piscar de olhos, um ato de generosidade o transforma e ele se projeta em ciclos de estações férteis, girando um momento após o outro numa torrente de beleza. E então, com uma única indelicadeza, um único gesto de recusa, o tempo para de existir". (cap. 9 - p.191)

quarta-feira, 1 de julho de 2015

Herói por Acaso: Jakob, o mentiroso

Para provocar alguma reação resolvi nestes últimos dias um retorno a leituras sobre o holocausto.

Depois de "A Chave de Sarah" foi a vez de "Jakob, o mentiroso". Não tem comparação, ambos são excelentes, mas o último foi filmado mais de uma vez e o último remake foi com Robbin Williams, no papel de Jakob, em 1998. O filme é imperdível assim como o livro.

Estas histórias tem base nos fatos reais, tristes fatos, mas este toca o leitor, porque Jakob cria uma atmosfera de esperança no gueto, apesar das dificuldades que enfrentam. E quando todos sonham um sonho juntos, ele pode acontecer.

Vale a pena ler e assistir o filme Jakob, o mentiroso. Vale muito.

Problemas, Serenidade e Desgoverno

"É mais fácil entrar em um problema do que sair dele. O bom senso recomenda procurar a saída antes de entrar." Esopo

 O primeiro semestre do ano se foi e com ele ou sem ele eu sigo devagar procurando soluções, em um número significativo de problemas que surgiram. Bons problemas também tiram o sono. Também trazem inquietações. Julho chegou e com ele a oportunidade de sair pela  porta  e encarar de frente, decidindo o que venho adiando.

Nos últimos dias estudei, me preparei e ainda assim acho que posso ter ido mal na prova final do semestre. Estava difícil para todos nós. 

Este semestre fui na inércia, sobrevivendo como o País em geral. Para não pensarem que estava morta, respirei e fiz alguns movimentos.

É triste viver em um país sem futuro, sem um governo eficiente, sem pessoas interessadas na sociedade e bem comum.

Mas a história nos mostra que Justiça é relativa, que políticos governam conforme ideologias, nem sempre a favor da sociedade. No meio disso estamos nós. Ontem recebi um livro que não vejo a hora de ler. "O mundo que virá", de Dara Horn. Espero cure a desesperança que ficou depois de ler o belíssimo "A Chave de Sarah".