O livro "Sete dias sem fim" é rápido de ler e dá vontade de assistir ao filme que (pelo que li) estará em breve em cartaz no Brasil.
Em estilo irônico retrata bem as relações sociais e dramas familiares de nossos tempos e de modo bastante lúcido e pragmático nos mostra como enfrentar o cotidiano sem fórmulas mágicas ou ilusões.
Os diálogos são muito interessantes, alguns destaquei, como este, que faz pensar sobre os dramas da vida que nos paralisam e afugentam dos relacionamentos:
"Paul para de andar e pigarreia.
– Quero dizer outra coisa.
– Sim?
– Sobre aquela noite. Eu falei umas coisas.
– Nós dois falamos.
– Bem, a questão é que durante muitos anos fiquei com raiva de você e isso foi ruim para nós dois. Perdi muito tempo sentindo raiva, tempo que não terei de volta. E agora que vejo você tão zangado pelo que aconteceu com o seu casamento, só quero dizer que a certa altura não interessa quem estava certo e quem estava errado. A certa altura, ficar zangado um com o outro não passa de um mau hábito, como fumar, e você continua se envenenando sem se dar conta disso."
P.S.: Li hoje, em um fôlego só o livro "Altos Voos e Quedas Livres" de Julian Barnes porque é maravilhoso. Ele escreveu 20 livros e este é o primeiro que leio deste autor. Pretendo ler outros títulos no futuro.
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