terça-feira, 30 de setembro de 2014

Mensagem na garrafa

 

Estou pedindo um livro de Luiz Alberto Py, psicanalista carioca. Como sempre faço quando estou escolhendo um livro faço uma busca a respeito do autor e sua obra.
 
Gostei muito de assistir um vídeo onde é entrevistado (aqui).
 
Enquanto eu assistia ao vídeo ia definindo se ia solicitar ou não o livro e decidi por pedir e em quanto escrevo aqui a troca foi confirmada.
 
Ao final da entrevista ele diz que reza todas as noites e é como colocar uma mensagem na garrafa e ela fica lá, pode ser que Ele leia, pode ser que não, mas está lá.
 
Uma pessoa adorável. Gostei de conhece-lo através do vídeo e vou gostar de ler seu livro, baseado na experiência pessoal e profissional.

quinta-feira, 25 de setembro de 2014

Mais uma pérola entre as trocas.


Tenho livros maravilhosos nas estantes, frutos de trocas bem sucedidas e bem selecionadas. Muitos lidos e guardados por mais um tempo.

Semana que vem vai um para troca que ainda está com alguns post-it sobre trechos que foram marcantes durante a leitura e que preciso registrar antes de enviar o livro para o próximo dono.

Sou muito grata a esse sistema de trocas, porque propiciou que eu voltasse a ser uma leitora voraz. Sozinha, não chegaria a esta variedade de autores e títulos.

E a leitura que cada um escolhe faz parte de um universo único e se aprendemos a mesclar com o nosso, é possível ampliar sobremaneira o horizonte.

Não quero contar quantos livros estão esperando na fila, mas ontem terminei dois livros na sequencia e como chegou "Sonhos do dia e sonhos da noite" resolvi dar uma olhada antes de dormir e me apaixonei. Mais um que furou a fila. Considerei a escolha deste livro como um passatempo para logo descarta-lo, mas vejo que é um excelente livro, de um psiquiatra italiano, e parece, a princípio,  bem traduzido.

Hoje fui pesquisar em uma livraria italiana sobre o livro em italiano e esta é a sinopse:

"Che cosa sappiamo di tutta quella parte della nostra vita che trascorriamo dormendo? Il sogno è, fin dall'antichità, uno degli argomenti più affascinanti per ciascuno di noi, ricco di segni e premonizioni. L'autore intende condurre in un viaggio nel mondo dei sogni, quelli della notte, ma anche quelli del giorno, fatti ad occhi aperti, e mostra le connessioni del sogno con la salute, la vita affettiva, l'intelligenza."

Eu tenho tido sonhos interessantes e este universo dos sonhos sempre me fascinou, tanto os do dia como  os da noite e por ser assim apaixonada pelos sonhos e acreditar no potencial deles para a vida prática, muitos me consideram "fora da casinha".
E aí se torna um assunto que não se tem com quem conversar, porque parece loucura "aos sensatos", e é assim que posso ter o deleite solitário de ler este livro e aprender mais sobre mim mesma e meus sonhos.

Quem sabe aproveitar os sonhos e os seus efeitos no cotidiano não precisa se drogar, se anestesiar.
Sonhar é uma viagem, e se aprendemos a interpretar essas viagens, do dia e da noite, a vida fica leve, fascinante, sem contra indicações.

quarta-feira, 24 de setembro de 2014

O Sofrimento é opcional?


Ontem em uma brecha fui ao cinema assistir "The Giver", baseado neste livro, que conta uma distopia, um mundo forjado na "igualdade" e ausência  de relações complexas como a vida apresenta no dia a dia.
 
Um grupo governa e decide o que é bom e o que não serve para a "comunidade ideal". Mais ou menos como o sonho dos comunistas.
 
Daí lembrei que tinha o livro, e em seguida, sem jantar, para aproveitar que o filme ainda estava inteiro na memória devorei o livro. Gostei de ambos, do livro e do filme, e é uma pena que um filme destes não seja discutido nas escolas e não esteja sendo visto por adultos em vésperas de eleições. A sala de exibição estava com apenas 6 pessoas.

Mas o post era para ser sobre o livro da Lucy Cavendish, que havia recebido em troca há mais de três anos, mas como meu inglês era muito raso, não deslanchava a leitura. Agora foi.
 
 
Terminei de ler hoje o livro de Lucy Cavendish, "The Invisible Woman" e a sensação era de que aquela família tinha as horas contadas, se fosse real, apesar do livro ter um "final feliz". Fui Pesquisar na Internet e realmente o livro é uma versão da própria história dela, e a autora já se divorciou há 3 anos, ou seja, depois que a história do livro termina,  teve mais uma filha, seguiu a loucura da vida e da invisibilidade e o casamento acabou.
 
Não digo que não gostei do livro, na verdade gostei. É baseado na história  da autora, da mãe contemporânea e da loucura que é esta vida cheia de compromissos, filhos, amigos, familiares, sexo, festas,   relações do passado e as atuais relações, nem sempre ideais, mas normalmente as que conseguimos. Tudo meia boca, aos trancos e barrancos, no corre-corre, sem pensar, sem muitos planos ou futuro.
 
Nessa escolha de vida, o sofrimento tem sido obrigatório e não se salva ninguém.

Às vezes é preciso parar, respirar, olhar em volta e questionar se é isso que queremos e o eu podemos fazer para evitar o sofrimento, que não deve ser obrigatório.

terça-feira, 23 de setembro de 2014

A vida é frágil ou somos nós?

Segundas-feiras são dias críticos na minha vida recente.
 
Sim, finalmente aprendi que vidas temos muitas, mais até do que os gatos, e que apenas uma vez se morre.
 
Então cá estou, em mais uma oportunidade em uma nova vida, com alguns antigos erros e acertos e novas oportunidades para crescer, sofrer e no tempo certo perecer.
 
Voltando às segundas, tenho aulas de dança e nelas além de aprender passos dentro da música, aprendo passos para a vida, e não sei o que é mais difícil.
 
Certo é que a passagem pela vida é frágil, delicada, e se levarmos tudo na ponta da faca vamos nos machucar mais e mais.
 
Viver dói, mas como dizia o poeta Drummond de Andrade: "A dor é inevitável, mas o sofrimento é opcional".
 
E a dança tem me ensinado o quanto essa frase é válida, para a vida e para as lições de vida entre os floreios dos pés.

quinta-feira, 18 de setembro de 2014

Entre escolhas

Acabei de fechar seis envelopes com cartões postais para seis diferentes países. Homens, mulheres e crianças, cada um com suas próprias escolhas e preferências e dentre elas fiz as minhas.
 
A escolha parte de uma base, de experiências e da variedade de opções.
 
 
Ainda que tenhamos a pretensão de viver a vida com leveza, não tem como fugir das escolhas diárias, desde a hora de levantar e começar o dia até a hora de  fechar os olhos para o sono que tudo repara.
 
Aprendemos com as escolhas próprias e a dos outros. 
 
 
 
 

terça-feira, 16 de setembro de 2014

Na própria pele

Estou aprendendo a viver no presente.

É uma experiência única, mágica e indescritível. Só estando na própria pele.

Viver no presente é como viver pela primeira vez  sem desprezar a experiência, ou os conselhos, mas acreditar que é um novo desafio, uma nova oportunidade, um grande aprendizado. E sem desprezar alguns confrontos.

Como descobri? Quando me confrontei diante de uma situação criada em um relacionamento do cotidiano. Em um conflito de ideias e de ideal.

O outro desiste, "chateado", culpando-me de não colaborar com isso ou aquilo. As raízes daquela "chateação" precisavam confirmar fracassos do passado. E a vitimização.

Argumentei com leveza. A situação era ridícula e merecia um pouco de seriedade. Tentei expor que ao invés de nos "chatearmos", podemos criar novos desafios, pisar com passos novos, desviar dos pontos que costumávamos esbarrar, se as pedras ainda estão no mesmo lugar, mas se ainda desejamos fazer aquela trilha.

Sugeri questionar sobre o que é que realmente importa, a pedra ou o caminho?

Sim, é preciso estar na própria pele, para ser livre e viver o desafio presente. E na própria pele podemos nos salvar do fracasso, próprio e daquele que os outros querem jogar nas nossas costas. Porque não posso ser responsável pelos "chatos" e "chateações" dos outros e afinal, se é tão ruim assim, se tudo já "está confirmado pelo passado e suas insolúveis chateações", porque repetir o que não funciona até esbarrar na pedra, que já se sabe aonde está?

Perda de tempo. Tsc.

Por falar nisso, o último livro que li, "Rebuliço no pomar de goiabeiras" é a melhor ilustração que encontro para a rápida experiência de hoje. Com começo e sem fim determinado.




quinta-feira, 4 de setembro de 2014

Com e sem raízes

Terminei hoje a leitura do livro de Vanessa, "The Language of Flowers".

Li em cada momento vago e nos momentos que vaguei para continuar presa com ele em minhas mãos.

Adoeci. Chorei. Repassei minha vida e as flores que amei e desprezei ao longo da vida. 

Faz sentido.

Ainda bem que o livro é meu. Vou reler tantas vezes quanto for necessário. Vai ser meu guia para comprar e presentear flores.

Já li muitos livros bons na minha vida, mas este vai para a pequena lista de preferidos, que não passam de 5 até hoje.

Muitos trechos para citar, muitas reflexões para digerir. 

Agora, o jeito é recuperar as forças e colocar o nariz para fora da porta.

A propósito, quando eu estava terminando de ler este livro, chegou um novo (esta semana é o terceiro que chega para a fila): "O Clube do Livro do Fim da Vida", de Will Schwalbe. Parece muito bom.