quinta-feira, 31 de julho de 2014

Vida Eterna!

Antes da viagem, fui na livraria para adquirir um livro importado que vai chegar depois do meu aniversário, ou talvez um pouco antes se eu tiver sorte, Queria outros tantos, mas me contive diante das fileiras de não-lidos que me aguardam. Mas ainda assim comprei mais um, fino, fácil de ler, para a viagem.
 
Levei dois livros na bolsa. Li apenas poucas páginas de cada um deles, mas que julguei suficiente. Ganhei um livro sobre a história do Chaco. Belíssimo. E comprei mais dois livros em alemão. Parece que serei eterna!
 
É isso, adoro ler e no retorno, enquanto me exercitava, li dois livros para melhorar o baixo saldo de leituras do mês de julho e gostei de ambos: Erotismo, de Francesco Alberoni e Cure sua vida, de Louise Hay. Gostaria de ter tido mais sabedoria para ler estes livros no passado. Poderia evitar muitos incômodos e sofrimentos.
 
Mas nunca é tarde e nada é por acaso. Talvez antes minha mente não estivesse suficientemente "aberta" para absorver o que agora compreendi com estes dois seres humanos super especiais.

quarta-feira, 30 de julho de 2014

Entre idas e vindas

Eu voltei para meu aconchego.
Sinto que voltei feliz, muito feliz, mais sensível, sensitiva.
Experimentei emoções novas e velhas emoções de diferentes modos.
O que poderia ser ruim transformei em experiência positiva. O que era muito bom, aproveitei e deixei passar.
Voltei de uma viagem cultural pelo Paraguai.
Descobri que o Paraguai não é só um grande free shop a céu aberto e que não se resume a loucura de Ciudad del Leste.
 
Tem Assunción e a tragédia dos "alagados" e ainda assim não se vê a mendicância e a indigência que se vê pelas ruas do Brasil. Em Assunción saí para caminhar a noite e não me senti ameaçada.
 
No Paraguai, há segurança armada em todos os estabelecimentos, desde a loja de câmbio até o mercadinho mais simples de beira de estrada.
 
No começo é estranho, mas depois nos acostumamos. Pelo menos não é como no Brasil que as pessoas estão exercendo suas atividades comerciais e são surpreendidas por bandidos armados.
 
No Paraguai são as pessoas de bem que andam armadas, com segurança e não vi nada errado.
 
Diferente do Brasil, lá não tem risco de comunismo. Lá comunista não tem voz.
 
Há pobreza no Paraguai? Claro que há. Mas desde quando ser pobre é ser infeliz ou miserável? Só na cabeça de gente cretina como políticos brasileiros, que apesar de milionários seguem pessoas desgraçadamente inferiores aos mais pobres no Paraguai.
 
Vou voltar ao Paraguai. Gostei mil vezes mais de lá do que do Peru, apesar de não ter as belezas naturais deste.

sexta-feira, 18 de julho de 2014

Meio de campo enrolado

É hoje, o último dia da bagunça. Por que?
 
Porque sim, Zequinha! Amanhã não estarei aqui. Preciso deixar tudo em ordem.
 
 
Férias das aulas, mas os estudos continuam. Matrícula feita, viagem marcada, tensão com algumas pendências, tempo feio e vento.
 
 
Tempo de cuidar da saúde, da vida que ainda escorre.
 
Hoje me dei conta que minha vida oscila em uma base com poucas variantes. E assim, a vida, o medo, a coragem e outras estimulações, internas e externas, acontecem em um determinado padrão que se repete. Passam os anos, mas as caixinhas para engavetar as emoções e acontecimentos estão lá.
 
Como foi que não percebi antes?
 
 
Será que acontece com todos? Funciona sempre ou tem desvio padrão? Teria sido mais fácil (??) com esta consciência?
 
 
Só o tempo que sabe.


sexta-feira, 4 de julho de 2014

Cães de Babel

A vida continua e a leitura também.
 
Hoje estou fiquei emocionada e triste pela  morte de Giorgio Faletti, 63 anos, que na minha ignorância, acreditava ser exclusivamente escritor. Estava mal informada.
Ele era um artista multifacetado: escritor, cantor, ator, diretor e sabe lá o que mais.
Passou mal, avisou o teatro que não apresentaria o espetáculo hoje, foi hospitalizado e morreu.
 
Estou lendo o último dos três livros que comprei em Joinville, em uma linda feira a céu aberto. Cães de Babel. O livro é muito bom, diferente de qualquer outro livro que eu já tenha lido e estava refletindo sobre a morte que o livro narra, quando recebi a notícia.
 
Tem certeza maior que a morte? Cães de Babel está me proporcionando mergulhar nela, entre risos e reflexões.
 
Porque é isso. Ela, a morte, chega, queiramos ou não. Só me resta agradecer pela obra que nos deixa e desejar que descanse em paz.
Meus próximos livros de leitura serão dele.
 
 
 

terça-feira, 1 de julho de 2014

A Comédia Humana

Terminei a leitura deste livro de apenas 208 pp.
Recebi em uma troca há mais de 3 anos e sempre ficava para trás.
Em poucos dias li e gostei muito, com direito a emoções fortes e algumas lágrimas.
 
O único defeito é que esta edição tem um número considerável de erros, como se a tradução não fosse revisada, mas para quem conhece a língua portuguesa e entende o contexto não prejudica. No entanto considero um desrespeito com o autor e sua obra.
 
Não sei se vou repassar em troca. Provavelmente vou guardar e reler.
 
Todos os personagens têm algo a transmitir e ensinar de um modo tão simples, que emociona.
 
Diz o velho bêbado do telégrafo para o menino mensageiro, pp. 178-179:
 
"Deixa eu te dizer uma coisa. Tenha muito cuidado com tudo que diz respeito aos seres humanos. Se você vir alguma coisa que está certo de ser errada não tenha tanta certeza. Se estiver lidando com gente, tenha muito cuidado. Agora, você vai me desculpar mas tenho de lhe dizer porque você é um homem de respeito de modo que não me incomodo em lhe dizer que é errado criticar a conduta de qualquer pessoa. Na medida em que o homem vai chegando perto do seu fim, ele se sente feliz pelas pessoas que conheceu e que continuarão vivendo depois que ele se for. Será que você entende o que estou dizendo?
   - Não estou muito certo, senhor Grogan.
   - Estou lhe dizendo uma coisa que não poderia lhe dizer se não estivesse bêbado. Te digo uma coisa, agradeça a você mesmo. Isso mesmo, agradeça a você por você. Compreenda que aquilo que o homem é, é algo pelo qual ele deve se sentir agradecido pelo fato de que o homem que é receberá a confiança de totais estranhos.
Novamente, Homero lembrou-se da garota do Hotel Bethel e a urgência com que quis falar com ele como se fossem velhos amigos.
   - Esses estranhos - disse o velho - saberão que você não os trairá nem os machucará. Eles saberão que você não sentirá desprezo por eles. Sentirão que você verá dentro deles algo que ninguém antes conseguira ver. Você precisa saber disso sobre você mesmo  e não ficar encabulado. Você é um homem de 14 anos. Quem fez de você tal homem? Eu não sei quem foi mas que é verdade, é verdade. Agradeça por estar vivo e por tudo que vem com isso. Você compreende?"
 
É isso. Saio deste livro, sem ânsia de próximo livro, ainda que a pilha seja enorme, ainda que sejam outros livros fabulosos. Preciso um tempo para agradecer a mim mesma e a Willian Saroyan por me proporcionar esta delicada pausa.

Meu Veneno é também remédio

Tudo que envenena também cura, depende da dose. Aprendi isto com alimentação e em outras experiências através da medicina alopática e homeopática. Ainda estou observando nas relações interpessoais.
 
 
"É dose"! Esta expressão é um desabafo quando acontece algo conosco que não estamos preparados para engolir ou suportar.
 
 
Pois é. Não é fácil para ninguém e se não equilibramos nossas doses pessoais de veneno, nos transformamos em pessoas tóxicas. E assim matamos relações e morremos sem cura.
 
A propósito, recebi esta semana o livro "Gente Tóxica" de Bernardo Stamateas. Quero ler e vai passar na frente da fila de centenas de livros que aguardam a vez.
 
Algumas vezes apesar de amarmos alguém e de sermos amados por este, a relação é tóxica e prejudicamos uns aos outros. Como é estranho ouvir que alguém, que se afastou está bem. Uma sensação de felicidade porque conseguiu e outra de tristeza porque fracassamos juntos.
 
O importante é não perder de vista que a vida é escola e que estamos aqui para aprender e por que não administrar melhor nosso veneno até que seja um remédio bom e eficaz? Por que não?