segunda-feira, 2 de junho de 2014

"Desce do carro, vem cá ver o arco-íris!"

Precisava ir à praia depois da chuvarada e vento. Sem parceria, fui sozinha. Domingo, nem feio, nem lindo, estrada tranquila.
 
Em Osório, Rodeio e o sol brilhando.
Na praia, uma festa de motoqueiros.
 
Olhei meu apê, tudo em ordem depois da reforma, sequinho como deve ser.
 
Fechei a porta e fui me banhar de sol nas areias da praia. Era quente o sol e a natureza se amansava lentamente da borrasca, como eu tenho aprendido a sobreviver das que passam por mim.
 
Resolvi voltar no mesmo dia e parei para abastecer no mesmo posto de sempre, quando estou acompanhada. O frentista me observava curioso, imaginando o que uma mulher como eu fazia sozinha na estrada naquele fim de tarde, ou talvez pensando onde estaria o acompanhante ausente. Lá fora um vento gelado e eu de camiseta sem manga dentro do carro, ainda aquecida pelo sol da estrada.
O frentista puxou todo tipo de conversa, começando pelo frio e que eu precisava me aquecer porque abria o vidro para falar com ele, e ao final falou do arco-íris que eu ainda não tinha visto.
Saí do carro a seu pedido, e ele com olhar de macho olhou meu corpo de cima abaixo enquanto eu me deliciava, sem constrangimento, com o maior arco-íris que já vi na minha vida.
Enorme, como a curiosidade daquele homem sobre mim.
Admito que olhar de macho não causa desconforto quanto as medidas estão no lugar e isto devo a dieta Dukan!
 
Ficaria mais, olhando o arco-íris, não fosse um posto de gasolina, não fosse o movimento do final de rodeio, não estivesse só, não fosse o curioso frentista. Mas sem nada disso, não posso esquecer, não veria arco-íris algum na minha memória recente.
 
Lição inesquecível.
 

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