segunda-feira, 31 de março de 2014

última leitura de Março

O carteiro entregou 4 dos 10 livros presos pela greve e hoje chega mais 1.
Enquanto isso me deliciei com este romance que estava novinho lá na praia e foi uma boa companhia em tempo de muitas decisões e obras.
 
Admito que o livro me surpreendeu em todos os sentidos.
 
Gostei muito da maneira como a autora descreveu o trabalho dos médicos no mundo dos ricos e famosos e sobre os conflitos que todos nós temos em conciliar família, trabalho e lazer.
 
De forma leve o romance nos faz refletir sobre assuntos do nosso cotidiano e que a vida vale a pena com coragem e pés no chão.
 
Vai para troca.

Hoje vai ser um desafio escolher a próxima leitura. Chegaram muitos livros bons e tantos outros já aguardam nas pilhas.

P.S.: Vou continuar na região de Manhatan e ler um dos livros recebidos em troca ano passado: O Marido Perigo, de Jane Shapiro.

 

terça-feira, 25 de março de 2014

Universo Feminino

Estou em trânsito e aproveitei para terminar a leitura deste livro que recebi em empréstimo ano passado, por ter prestado um favor, que não foi nenhum sacrifício.

Não pretendia ler este livro, mas como decidi este ano que vou devolver todos os livros recebidos fora do prazo (que não geraram créditos aos donos) e os emprestados como este,  resolvi ler este mês e que grata surpresa.

O livro "A Resposta" é muito bom e aguçou meu interesse em assistir ao filme. Estou curiosa para ver a adaptação do livro no cinema, porque as personagens retratam o universo feminino em qualquer tempo e independente da classe social ou questões raciais.

Uma boa surpresa este livro. Boa surpresa também rastrear que dos dez livros ainda represados nos correios devido a greve dos carteiros - quatro chegaram no meu endereço.

Não vejo a hora de lê-los. Não vejo a hora de receber os outros seis que ainda não foram entregues.

sexta-feira, 21 de março de 2014

A baderna continua

Vivemos tempos de ruínas na nação brasileira.

Cada um faz o que bem entende, instituições fracas e mal administradas, escândalos para todo lado e poucas ou nenhuma punição.

Comemorei recentemente o fim do jejum de correspondências (cartas, cartões, livros e contas recebidas pelos correios), mas fui precipitada.

Há dois dias não recebo mais minha correspondência e os livros seguem represados. Já são 11 presos na malha dos correios, fora as contas vencidas e cartões expirados.

Reclamamos e não faz eco em parte alguma.
Parei de enviar cartões postais, reduzi minhas correspondências a quase nada, ao estritamente necessário. Tudo isto com muita tristeza.

Meu desejo é que todo este período da história brasileira entre em breve para o passado e que todos nós possamos trabalhar com honradez e vontade para construir um país mais decente.

A baderna social e institucional precisa acabar.

segunda-feira, 17 de março de 2014

Acabou o jejum

Recebi hoje este livro, após um jejum de mais de dois meses imposto pelos correios.
Aguardava 10 livros no total, agora faltam 9 perdidos na lentidão dos correios pós-greve ilegal e abusiva.

Poesia, poema,  não é leitura fácil, mas estou comovida com este livro que desejei um dia, depois esqueci e agora relembrando, recebo novinho em folha direto de Minas Gerais.

É com emoção que leio cada página, saboreio os versos e abraço com ternura o autor. Sou muito exigente para este tipo de leitura, mas este livro está imperdível:


"REPOUSO

pouso o rosto
na mesa 

que 
alívio 
ser apenas 
tato 

só este 
macio 
contato 

o corpo -
      corpo 
defeso 
dos esplendores 
da vida"

Este livro vai ficar na minha biblioteca, seja pela beleza que encerra, seja pelo símbolo libertador das garras da greve dos correios.

Levar a vida ou deixar a vida nos levar?

Semana passada resolvi ler o livro da paulista Regina Rheda, "Humana Festa".
Comprei este livro há mais de dois anos em uma feira de livros e a sinopse dá uma ideia muito simplista do livro, como se fosse um romance sobre veganismo e a defesa dessa filosofia, de forma palatável.

Para minha surpresa o livro é muito mais. A autora constrói uma história onde faz uma autópsia da cultura brasileira, especialmente do campo, das diferenças e lutas entre classes sociais e também retrata o MST com cestas básicas do governo federal.

Não bastasse, retrata políticas americanas sobre a caça e o modo ativista e vegano de ser.

Tanto nos EUA como aqui os "ativistas" vivem às custas de heranças, auxílio governamental, ou alimentados por rancores de ter menos "dereitos" que os patrões, e com isso cuspir na comida destes e praticar atos de vandalismo são consideradas "ações diretas". 

Considero este um romance que disseca a sociedade atual, os contornos dos nossos problemas sócio-culturais, e demonstra que a solidariedade e tolerância passa longe dos nossos ideais de convivência, e estamos sempre acreditando que os outros estão em dívida conosco e que somos melhores do que valemos e pesamos.

Mostra pobre e ricos, cada um nos seus mundos e também o que nos torna mais ricos ou pobres, independente da condição social ou do dinheiro na carteira. Retrata nossas interações, conceitos e preconceitos de parte a parte.
Isso se o leitor não for tendencioso e ler toda a obra, lógico.
Uma pena que este é um livro, que induz pessoas mal-intencionadas a acreditar que "melhor é sua causa".

Regina Rheda foi uma grata surpresa. Passa a impressão que conhece muito do que escreve.
Recomendo a leitura, sem ranços ideológicos, mas como um retrato de nossos tempos.

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quarta-feira, 12 de março de 2014

Baudolino e os gimnosofistas

Dia nublado,  em meio a pequena obra, termino a leitura do livro "Baudolino" de Umberto Eco, o primeiro deste autor, que leio do começo ao fim.
Não é que não goste do Umberto Eco. Ao contrário, adoro este autor.
Acontece que para ler seus livros é preciso parar tudo e ler, porque ele sabe muito e não joga conversa fora.

Baudolino é denso, um romance com enredo na idade média, mas que resgata muitos fatos e lendas, e entre mentiras, filosofia, ciência e verdades  vagamos até a página 459, na maior parte das vezes sem imaginar o que nos aguarda no próximo parágrafo.

Tenho mais livros de Umberto Eco para ler e vou tentar ao menos mais um este ano.
Gostei de muitos trechos, mas um em especial - o encontro de Baudolino e seus amigos com os gimnosofistas - pp. 296-299.

Recebi este livro em uma troca. Assim que a greve dos correios acabar, vou colocar novamente à disposição.

segunda-feira, 10 de março de 2014

Pequenos Amores

É a segunda vez este ano que eu recebo livro de troca cancelada por excesso de prazo. 
Durante mais de quatro anos de trocas de livros isso nunca tinha acontecido.

Será que andamos mais distraídos, mais fora de foco, na beira do analfabetismo cultural ou já estamos nele?

É sério, e vale a pena de vez enquanto fazer reflexões sobre nossas "distrações".

O livro "A Mulher de Pilatos", já citei no blog, veio primeiro e deu um enorme trabalho devolver, mas já devolvi, não sem antes ler, como disse para a dona que faria.

Agora, apesar de não estar mais esperando, veio o livro "Pequenos Amores" que furou todos os outros nove (09) livros tão desejados, jogados nas pilhas dos correios, devido a prolongada e absurda greve. 

Espero nove livros e recebo um inesperado!

Ambos os livros levaram mais de um mês para chegar.
"Pequenos Amores" chegou sexta e hoje li em pouco tempo. Um livro delicioso, fácil de ler.
Vou esperar a greve acabar e reenviar ao proprietário distraído. Ao menos este envelope veio inteiro e não vou precisar buscar o Jorge via internet.

Este ano tem sido um desafio ético. Em meio a tanta corrupção, a tantos crimes e roubalheiras, tenho optado por escolher o que considero justo e ético,  apesar de ninguém poder me culpar ou condenar. A consciência limpa agradece!
Mais uma vez poderia ficar com o livro, afinal a pessoa enviou errado e correu o risco de perdê-lo, sem receber nada em troca.
Mais uma vez vou devolver ao dono, sem ser cobrada para tal.

Pequeno Amores é um livro que descreve com ironia os amores da nossa vida, da nossa história e de um jeito tão limpo, arrisco definir, que chega a ser engraçado. 
Amar é simples, complicados são os retoques das nossas escolhas e justificativas para amar e desamar.

quarta-feira, 5 de março de 2014

Greve dos Correios

Mais de dois meses de greve dos correios em minha cidade. Uma vergonha.

Enquanto isso a população se vira como pode para pagar as contas que não chegam, muitos pagam em cartório de protestos, outros vão entrar ou já entraram no SPC.

Há mais de 10 anos com a politização desta empresa, os carteiros têm deixado de fazer  serviço que era apreciado pela população. Faz tempo que os carteiros fazem mais de três greves por ano.
As greves são forçadas por sindicatos, causam um prejuízo incalculável e ninguém ganha nada com isto, muito menos os funcionários dos correios.


Bom seria que houvesse um governo sério que privatizasse logo os correios como foi feito com a telefonia no Brasil e a população só ganhou com isto.


Chega de Correios como empresa pública ineficiente e grevista. Chega do Monopólio dos Correios.
É preciso respeitar a população brasileira com serviços adequados de correios, luz, água e telefonia além de segurança, saúde e educação para todos.

Em um país sério, correios em greve por tanto tempo seria considerado uma calamidade pública a ser solucionada com urgência para salvaguardar os cidadãos lesados. Ou não?