quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

A busca de si mesmo. A Rosa Perdida encerra Janeiro

Apesar de todo calor, viagens e compromissos, li muito neste mês de janeiro que já está nos dias finais.

Gostei de todos, de todas as mensagens, lições e reflexões.

Segue um resumo:

01. O Mendigo e o Milionário
Este livro recebi em uma troca no final de dezembro e imediatamente comecei a ler mas  levei na viagem do final de ano e retomei a leitura neste mês. Gostei muito e antes de trocá-lo vou reler.
02. Pão Nosso
Comprei em Curitiba como um presente de Natal e li e reli e vou relê-lo muitas vezes ainda. Como adepta que sou do fermento natural e suas variações é como trocar experiências com o autor e aprimorar a arte de fazer pão. Um livro muito bom que também decora minha sala de estar.
03. A Camareira - Este livro comprei em dezembro em um lote de livros que representou minha última compra no site Saraiva.com depois de 10 anos.
Por que a última compra? Por causa da transportadora que é péssima e eles mantém apesar de todas as reclamações não só minhas, mas de muitos como os atendentes sempre avisam.
04. O que fazer? Falando de Convivência
Este pequeno livro infanto-juvenil foi pedido em troca e aproveitei para lê-lo. Tinha comprado para meu filho e nunca tinha lido, mas foi bom recordar algumas questões éticas indispensáveis para viver em sociedade. O mundo pode mudar, surgir novas tecnologias e outros avanços culturais, mas a Ética permanece a mesma, embora cada vez mais em desuso, infelizmente, pela ignorância que nos cobre.
05. O Método 
 Este livro foi comprado no último lote da Saraiva.com e foi uma bela surpresa. Fácil de ler e de entender e realmente praticar os exercícios que sugere, faz a vida ficar mais leve.
06. A Mulher de Pilatos
Adorei este livro. Recebi em dezembro. Levei para a praia imaginava que leria no primeiro semestre, mas mais tarde e de forma mais lenta, mas a escritora me fascinou e eu simplesmente não larguei o livro noite e dia. 
07. O Mistério da Fábrica de Livros
Pedro Brandeira escreveu muitos livros e este é infanto-juvenil, pequeno e fácil de ler. Comprei para a filha de uma amiga e como achei interessante comprei para meu filho também. Nunca tinha sido lido, mas como vai para trocas, finalmente li.
08. Peito grande, ancas largas,
livro de Mo Yan, Nobel da Literatura de 2012. Na verdade recebi como audio livro em português de Portugal. É imenso, mais de 600 pp., e é um dos tantos livros proibidos de serem vendidos e lidos na China.
Livro indispensável para conhecer a história do povo chinês, entender a guerra, fome, religião e especialmente a política chinesa. Abre espaço para refletir sobre o pensamento político de nossos dias especialmente na América do Sul.
 09. A vida secreta do Sena
Este livro estava na praia, quietinho  e abandonado na biblioteca e foi um excelente companheiro de rede.
Gostei muito do escritor, da narrativa. Vai  para troca, mas quero ler outros dos seus títulos.
10. A Rosa Perdida
Este livro recebi em uma troca neste mês. O autor Serdar Ozkan é jogador de futebol, turco e jovem.
Um livro leve, mas interessante para colocar os pés no chão e viajar para conhecer a si mesmo. Uma leitura importante no começo de ano, quando decidimos começar novos tempos, novas metas e estamos cheios de novos espaços interiores e menos influência dos Outros (ao menos deveria ser). 

Hoje vou ver qual livro me escolhe, qual será a primeira leitura do próximo mês. 

terça-feira, 28 de janeiro de 2014

Viva o verão! Vivam as paixões!

Aproveitei a chuva para voltar para casa, mas o calor tá demais.

É verão, um lindo verão que está premiando quem está de férias, com muito sol-calor-bons banhos de mar e lagoa.

Enquanto isso sigo comemorando um verão sem engordar, com alimentação saudável e farta nas mudanças de hábitos introduzidas pela vitoriosa dieta Dukan.

Somos movidos por paixões e estas podem nos salvar ou nos destruir. Até para as paixões urge de tempos em tempos reavaliar os prós e contras. Verão é tempo bom para esquentar sentimentos, afetos e limpar os sentimentos. 

Tempo de não olhar somente para o próprio umbigo. 
Tempo de se envolver, de se comprometer, de turbinar as intenções e ações para o restante do ano.






sexta-feira, 24 de janeiro de 2014

Pouco mais que nada!

Finalmente choveu,  mas pouco mais que nada, considerando apenas 2 ou 3 minutos de chuva forte.

Pouco mais que nada e se foi a chuva.  E o ventilador da praia volta a girar. E a esperança é que venha mais chuva.

Segunda semana na praia, batendo recordes em banhos de mar e em livros lidos (e um audio book imenso de Mo Yan ouvido durante as corridas e caminhadas).

Trouxe para a praia há uns 3 anos um número razoável de livros a serem lidos que restaram abandonados e agora estou descobrindo tesouros.

A estante de livros daqui é pouco mais que nada, mas não são poucos títulos e autores que valem a leitura. No entanto, pouco mais que nada.

Conheci finalmente o escritor Mort Rosenblum, jornalista norte-americano que mora em um barco apoitado no Sena através do livro "A Vida Secreta do Sena".

301 páginas percorrendo o Sena, suas histórias, os fatos e os mitos e a arte em livros e quadros.

É um livro muito rico, repleto de informações e sentimentos, das mais variadas nuances e faz pensar sobre Paris, sua gente e seu rio, sobre o turismo e os estrangeiros que por lá ficam ao longo da história. 
Fui apenas uma vez a Paris. Ainda não tenho vontade de retornar, mas ler este livro trouxe muitas recordações.
Pouco mais que nada, estive lá por alguns dias esta semana, enquanto lia.
Sim, voltei a Paris e arredores pela narrativa do escritor.
O livro vai para trocas, porque hoje já chegaram mais dois títulos, mas pretendo ler outros livros de Rosenblum e este com certeza vai deixar boas recordações.

Enquanto termino este artigo, a chuva volta mansa, quem sabe para durar mais um pouco...

sábado, 18 de janeiro de 2014

O que é a verdade?

Nos últimos 10 dias devorei 2 grandes livros. Grandes em todos os sentidos, seja pelo conteúdo, seja pelo número de páginas.

"O Método" descobri por acaso (sim, concordo que nada é por acaso, mas é força de expressão) lá por outubro do ano passado e faz parte dos três ultimos livros que comprei na Saraiva.com.

É um livro que me impressionou e vou mantê-lo. Traz um conjunto de ferramentas úteis para enfrentar desafios da vida. Ajuda a refletir sobre a importância da mente sã para ver a realidade que nem sempre é tão feia ou tão bela como pintamos com a aquarela da imaginação.

Através deste livro descobri  também quantos cursos (até caros) são vendidos no Brasil trazendo apenas uma ou meia ferramenta, o que produz algum efeito imediato e que logo se perde. 
Este é um livro como o da Dieta Dukan. Para ler e reler. Para praticar todos os dias, para o resto da vida, e este como aquele são simples e fáceis de ler e seguir. Basta querer.

E graças a leitura do livro acima e da utilização das ferramentas nele descritas, li com muito prazer e velocidade "A Mulher de Pilatos" que chegou de surpresa na minha casa dia 27 de dezembro, mas foi por mim recebido somente quando voltei do Chile, em 2 de janeiro.

Pedi duas vezes ano passado por este livro em um espaço de dez meses, em trocas. Ambas haviam sido canceladas e eu já havia decidido que não o leria mais.

Eis que o livro chega em uma embalagem caindo aos pedaços depois de 20 dias perdido pelos correios. Para fazer justiça entrei em contato com a pessoa que enviou o livro e não foi dos melhores, provavelmente porque somos de regiões e culturas brasileiras tão diferentes. Acertamos que leria o livro e devolveria para ela.

Acontece que não esperava mais por este livro e tenho muiiiitos na fila, mas com certeza o livro "O Método" me ajudou a "limpar" a área  dos sentimentos e para minha surpresa li em poucos dias este fascinante livro de 392 pp.
Antoinette May estudou e pesquisou sobre o império romano 14 anos e nos transmite seu aprendizado através deste belo romance, navegando com maestria entre ficção e realidade. Muito bom, superou minhas expectativas.
Semana que vem voltará para a dona, lá de Fortaleza.

P.S.: "O Mistério da Fábrica de Livros", de Pedro Bandeira foi devorado hoje antes de ir à praia. Comprei este livro faz um tempão e jamais tinha sido lido. É uma aula para jovens de todas as idades sobre como nasce o papel e como este se transforma em um livro. Bela leitura de fim de semana. 

segunda-feira, 13 de janeiro de 2014

unidos pelo aprendizado

Eu estava me preparando para escrever no blog sobre contatos da internet que nos fazem bem e surge a notícia de pessoas que se encontram na internet para ações criminosas em shopping de São Paulo.

Começo por onde?

Por mim. 
Participo de alguns sites de trocas de livros, físicos e digitais, dentro do Brasil, outro de cartões postais pelo mundo e também de sites onde aprendo línguas estrangeiras e melhoro o português, por que não?

Em todos estes vamos nos agrupando, adicionando-nos por afinidades, sempre com o intuito de melhorar os conhecimentos e a socialização. É bom, custa pouco e faz a gente feliz. Em todos estes espaços observamos regras e não são poucas.
Aqueles que as quebram (as regras)se retiram por inadequação ou sofrem "punições" sendo a máxima, a exclusão do grupo.

Enquanto isso pessoas preferem buscar na internet onde podem disseminar discórdias, baixarias e até agrupar-se para delitos e outras ações contrárias a vida em sociedade. Não parece existir punições por aqui e a regra (se é que existe alguma) é subverter a ordem e as leis.

Tudo isto é aprendizado. O campo é vasto e cada um age no seu quadrado.

Cada um a seu turno escreve a própria história e se não presta contas no presente, se não responde pelos seus atos hoje, não será poupado no futuro, porque a vida ensina que não existe sombra sem luz.

A conta das nossas ações e omissões aparece, no momento certo. E não tem como não pagar. Pagam todos.

quarta-feira, 8 de janeiro de 2014

Extra_vagâncias

Muitos consideram os livros perigosos até nos dias atuais.
Governos da China e Alemanha (Mao e Hitler), em passado não muito distante, ordenaram a queima dos livros "proibidos" condenando a população aos livros permitidos pelos tiranos, livros que enalteciam o governo opressor e tirânico que encabeçavam. O resto era perigoso, proibido e caso encontrado algum exemplar, as penas eram severas.

Os romances "Balzac e a Costureirinha Chinesa" e "A Menina que roubava livros" ilustram o relato acima. 

Imagino que em Cuba e na Coréia do Norte não tenha sido diferente (restrição a leitura e publicações e até queima de livros), mas a censura que estes governos  impõem não permite saber.

Proibir acesso aos livros ou limitar  a leitura a uma única cartilha ou a literatura de uma nota só deveria ser considerado crime, porque é crime  arrastar massa de viventes à miséria intelectual. 

No Brasil não temos ainda fogueiras de livros, mas já se sabe que muitos livros são proibidos e outros tantos impedidos de serem acessados em debates nas escolas. Pobre gente, miserável país sem futuro.





terça-feira, 7 de janeiro de 2014

Ser, querer, precisar, dar

2013 foi um ano de muitos hoteis e muitas camareiras, daí a curiosidade de ler este pequeno romance, que sem dúvida é perturbador.

Fácil de ler, é intrigante espiar esta mulher escondida em um trabalho que lhe permite entrar na vida dos outros sem ser percebida.

É perturbador perceber que muitas vezes vivemos a nossa vida empenhados mais nas entranhas das vidas alheias do que nas nossas próprias e mais preocupados nas verdades e soluções para os outros do que para nós mesmos.

É um romance doido que provoca nossa sanidade, ou vice-versa.

Eu gostei, realmente gostei, e ora examinei meu comportamento como hóspede, ora imaginei a presença desta camareira invadindo minha privacidade. E também me permiti sair do hotel com Linda e espiá-la na sua casa, nas suas rotinas, telefonemas e jeito de pensar e desejar ou sonhar sem muita convicção.

É um livro para reflexões, como o do autor francês que li antes, mas aqui a ideia é concentrar na solidão, no isolamento, no vácuo entre o que é real e o que é imaginário e na ausência de  respostas no presente, único espaço permitido para limpar ou sujar.

P.S.: A propósito do tema, costumo abandonar roupas nos quartos de hoteis e de navios. Acredito que ainda não escreveram nada a respeito. 
Justifico como  desapego, ou desesperada necessidade de abrir espaço na mala para as novas aquisições.

Agora reflito que estas roupas deixadas por aí podem gerar muita confusão quando descobertas.

Recebo e-mails de alguns dos hoteis pedindo para responder sobre a estadia, mas jamais nenhum alertou meus "desapegos" como "achados". 

Nesta última viagem deixei propositalmente o vestido de festa do ano novo e agora caiu a ficha que talvez não fique para a camareira. Talvez ela tenha que entregar na recepção ou para a sua chefia imediata. Deixei gorjeta e o vestido em lugares distintos. Lendo este livro me dei conta que deveria ter deixado um bilhete.


segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

As primeiras fornadas: leituras e pães

Com estes livros  abri as leituras de 2014.

(1) "O Mendigo e o Milionário" recebi em uma troca e admito que quase me arrependi. Contudo, enfrentei-o. Comecei antes da viagem e quando voltei não larguei mais até a última página e me surpreendeu. Vai ficar na minha biblioteca para reler mais vezes. Apesar de pequeno tem muita informação histórica dentro deste conto filosófico.

Depois dele, terminei  a leitura de (2)"Pão Nosso", livro que comprei em uma livraria em Curitiba (uma semana antes de ir ao Chile).  Este livro é delicioso, seja porque fala de pão, seja porque descreve processos de pão caseiro com fermentação natural, técnica que finalmente introduzi na minha vida no último trimestre do ano passado e que tem me dado muito prazer, satisfação e especialmente uma alimentação mais saudável.

Esta foi a primeira fornada do ano e são os melhores até então, surpresas inesgotáveis da fermentação natural.



Ao voltar para casa,  na portaria mais três livros de trocas me esperavam. Não bastassem, trouxe outros três sobre a escritora chilena Gabriela Mistral, da qual eu só conhecia um poema que tenho comigo desde que me conheço por gente e um em alemão que ganhei. Os de Gabriela Mistral lerei este ano, com calma.

Ontem comecei a leitura de "A Camareira", livro que também comprei no final do ano. Estou fascinada e curiosa com este romance, fácil e rápido de ler.

Este ano pretendo baixar pilhas de livros, ler o que falta para ler, trocar o que não lerei mais e me deliciar com os novos autores que se apresentarão pelas trocas, presentes ou novas aquisições.


domingo, 5 de janeiro de 2014

Novo Ano, antigos dilemas

Voltei dia 2 para o Brasil.
Chile foi o destino deste ano. Nos últimos dois anos, as festas foram na Patagônia.
Patagônia Argentina no ano passado e agora na Chilena.
Ambas são lindíssimas, imensas e cheias de histórias.  

No verão, a noite chega perto das 22h e se tem a sensação de que o tempo passa devagar e neste vagar já estava com saudade de casa quando cheguei a Santiago. Isto porque a visão romântica que tinha de viagens anteriores se desvaneceu com o que vi nesta.

A Patagônia chilena é menos fria que a Argentina e fiquei encantada com a história dos Mapuches (gente da terra).

Contudo não existe paraíso sem mosquito e notei nesta viagem, que o povo engordou como no Brasil, consumindo alimentos demais face o aumento de renda, como aqui.

Dinheiro sem educação amarra ainda mais as pessoas na miséria e ignorância.

Mas o Chile ainda é muito melhor que o Brasil.

Lá existem policiamento e não se observam drogados pelas ruas como aqui, nem bêbados, porque beber álcool em público é contra a lei e pode dar cadeia. Imagino que drogas também porque não passou ninguém usando e no Brasil, na minha cidade, já é comum entrar maconheiros fumando cigarros inteiros na rua, porque não dá nada assim como não dá nada beber pelas ruas.