terça-feira, 23 de dezembro de 2014

Sonhar e Realizar

 
Ainda não é tempo de fechar o balanço do ano, mas já é tempo de começar a pensar sobre o quanto pesou, custou e lucrou.
Peso, custo e lucro, sonhando e realizando.

Sem sonhos não se realiza nada e este ano tive certeza disso.

É preciso sonhar desde as pequeninas coisas, as menores porções de desejos, para conquistar e realizar cada uma delas.
 
Às vezes os contratempos são necessárias fontes de revisão de rotas e alternativas. Nada é por acaso.
 
O importante é não se perder e, sonhando e realizando, seguir em frente.
 
Sim, eu fiz!

domingo, 14 de dezembro de 2014

Laços de Família

O livro "Sete dias sem fim" é rápido de ler e dá vontade de assistir ao filme que (pelo que li) estará em breve em cartaz no Brasil.

Em estilo irônico retrata bem as relações sociais e dramas familiares de nossos tempos e de modo bastante lúcido e pragmático nos mostra como enfrentar o cotidiano sem fórmulas mágicas ou ilusões.

Os diálogos são muito interessantes, alguns destaquei, como este, que faz pensar sobre os dramas da vida que nos paralisam e afugentam dos relacionamentos:

"Paul para de andar e pigarreia.
– Quero dizer outra coisa.
– Sim?
– Sobre aquela noite. Eu falei umas coisas.
– Nós dois falamos.
– Bem, a questão é que durante muitos anos fiquei com raiva de você e isso foi ruim para nós dois. Perdi muito tempo sentindo raiva, tempo que não terei de volta. E agora que vejo você tão zangado pelo que aconteceu com o seu casamento, só quero dizer que a certa altura não interessa quem estava certo e quem estava errado. A certa altura, ficar zangado um com o outro não passa de um mau hábito, como fumar, e você continua se envenenando sem se dar conta disso."

P.S.: Li hoje, em um fôlego só o livro "Altos Voos e Quedas Livres" de Julian Barnes porque é maravilhoso. Ele escreveu 20 livros e este é o primeiro que leio deste autor. Pretendo ler outros títulos no futuro.

quinta-feira, 11 de dezembro de 2014

Napoleon Hill


Este foi o último livro que li nestes dias. Nunca tinha lido nada deste autor, comprei no impulso, interessante no início, mas estava lendo outro livro (Ponerologia) e achei que não iria terminar tão cedo nem um nem outro.
 
Foi bom ler primeiro Ponerologia e depois este. A entrevista do autor com o diabo é sensacional, envolvente e instigante.
 
Gostaria de ter lido este livro quando era bem jovem, mas ele foi publicado recentemente.
 
Coloquei muitos post-it's para revisitar trechos e refletir sobre alguns aspectos.
 
É intenso e ao mesmo tempo simples enquanto discorre sobre o medo e a fé, entre o diabo e sua oposição. Recomendo a leitura e discussão entre amigos.

segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

Dezembro chegou!

Já estamos em dezembro de um ano rápido, com altos e baixos, mas predominantemente equilibrado quanto ao emocional.

Não frequentei médicos este ano. Nnhuma revisão, nenhum exame. Em contrapartida, atividade física equilibrada, aventuras ao ar livre, estudos e recolhimentos.

Muitas leituras gratificantes, problemas e soluções.

E a grande vitória de manter o peso por mais de um ano após a dieta Dukan e hoje poder dizer que é bom estar bem e poder comer o que quiser.

Esta semana é para comemorar, aniversário à vista e a atual leitura é para injetar um bocado de novas inspirações.

sexta-feira, 21 de novembro de 2014

SOS, SóS ou ambos?

S.O.S.

Hábito (habito) feio (em) escrever sem acentos, mas vez por outra para agilizar os exercícios (e por ter descoberto que era permitido) me atirei na oportunidade no site duolingo e hoje vim treinar no blog.

Escrevemos menos nos dias de hoje e a língua vai empobrecendo ou somos nós?

SÓS

A política ruinosa deste país fez crescer muitos sentimentos, desavenças e rancores, mas também oportunidades de crescimento e desenvolvimento.

Antes só do que mal acompanhado. Um ditado a ser lembrado.
Durante este período muitas pessoas reclamam da ingratidão de pessoas que consideravam amigas.

Nos afastamos, nos isolamos. Estamos machucados, por dentro.

Mas é assim que crescemos. A dor do estirão dos músculos nos propicia crescer e o coração é um músculo e ele precisa crescer para que tenhamos vida mais longa, para que circule mais sangue e não ferva de raiva queimando os neurônios.

É simples, e é um processo que se começa a sós, em completo S.O.S.  consigo mesmo.

Faz bem a saúde construir a diferença.

quinta-feira, 20 de novembro de 2014

Aquela história... como terminava mesmo?

Terminei comovida a leitura deste pequeno livro que recebi em uma troca.

Vou reler muitas vezes. É excepcional.

Sempre gostei de Fernando Pessoa, escolhi uma frase dele para o convite de formatura da minha turma de curso superior, e agora pelas mãos de Samir Yazbek deixei-me conduzir por uma peça teatral simplesmente maravilhosa.

Encerro com Pessoa, que fecha muito com os últimos acontecimentos neste país e com minhas divagações:

"A terra é feita de céu.
A mentira não tem ninho.
Nunca ninguém se perdeu.
Tudo é verdade e caminho."

quinta-feira, 13 de novembro de 2014

A dor passa quando a esperança renasce

Passei dias confusos, sem ler, sem me concentrar nos meus deveres, tentando entender a bagunça, o caos que aconteceu na minha vida.

Vontade de fugir, de ir embora, desaparecer.

Descrença, desilução, e ao mesmo tempo a cabeça a mil tentando criar novos rumos e desafios.

Ler neste período o livro de Jeanette Walls foi muito útil. Em A Estrela de Prata os personagens vivem desafios e precisam o tempo todo decidir se encaram ou fogem dos problemas.

Agora, para relaxar, vou para "O Fingidor" e para ficar perto de Fernando de Pessoa, que muitas vezes me socorre quando estou me perdendo.

terça-feira, 4 de novembro de 2014

A Estrela de Prata

"Escolha as suas batalhas. (...) Às vezes, é melhor fingir que aceita o que eles dizem." 

(excerto do livro que estou lendo de Jeanette Walls, "A estrela de Prata")


Gosto muito desta escritora. "O Castelo de Vidro" é uma leitura inesquecível e ainda quero ler "Cavalos Partidos".

Terminei de ler "A Estrela de Prata" e gostei. Um romance mais leve que "O Castelo de Vidro" no entanto não deixa de ser um romance que inquieta e que trata de dramas que nem sempre acabam bem, 

terça-feira, 28 de outubro de 2014

Passou mas não é o fim. Estamos alertas e vigilantes



É tempo de depuração.
Limpei os contatos, limpei da minha vida pessoas que simplesmente se tornaram coniventes com todos os crimes que estão aí.

Vou prestar mais atenção com quem ando, atenção nas leituras e conversas.

Vou lutar cada dia do resto da minha vida para que não derrubem a democracia no Brasil.


quarta-feira, 22 de outubro de 2014

Não abro mão do meu direito a voto, da esperança de mudar o Brasil

Só agora me dei conta que desde antes do primeiro turno das eleições, não tive mais tempo de ler direito ou de voltar aqui.

Não significa que não foi um período fértil, com muitas experiências e reflexões, mas pela falta de registro passou e foi coberto pelo passado.

Assim é para tudo. O que não se usa, o que não se exercita, se perde. A natureza engole e segue em frente.

É tempo de exercer a cidadania, mas como assim se a maioria nem sabe o que é isto neste País. Contudo, no quesito baixaria somos todos diplomados.

Tristeza, porém do Brasil não vou desistir até a morte!

sábado, 4 de outubro de 2014

Quem ajuda amigo é de si mesmo!

Recentemente dei dicas de alguns livros.
Para fazer isso, aproveito para manusear os favoritos guardados com carinhos e muitas vezes aproveito para reler.
Foi o que aconteceu com este livro que li todo enquanto me exercitava em dois dias.
O melhor de tudo é que apesar de não ter seguido às regras de desintoxicação quando li pela primeira vez, não me surpreendi ao constatar quanto mudei e quantas regras até superei para melhores resultados.
 
Ainda assim, redescobri dicas que não incorporei aos meus hábitos e que certamente serão bem-vindas. Já comecei ontem mesmo.
 
Desintoxicar a vida diariamente é o melhor remédio!

sexta-feira, 3 de outubro de 2014

Corpo e Alma

Chegou ontem este livro e é o primeiro que leio do psiquiatra terapeuta José Ângelo Gaiarsa.
 
Como estava terminando de ler o livro sobre sonhos, comecei a ler este, que não deixa de ter suas conexões com a leitura recém terminada.
 
Ambos falam de corpo e alma. O autor italiano Giorgio Abraham fala da liberdade da alma através dos sonhos e Gaiarsa, de um modo conciso, faz-nos refletir sobre a expressão da alma em cada um, no rosto, corpo e gestos.
 
Escreveu muitos livros, estudou e trabalhou até o fim de seus dias, aos 90 anos de idade, com morte de causas naturais, como deveria ser para todos.
 
Assisti alguns programas dele na televisão quando era guria, e ele sempre me surpreendia pela maneira simples como tratava as angústias humanas.
Está na hora de revisar suas lições.
 
Começo por estes vídeos sobre "Ensaio sobre a Cegueira" (este é o n.2 de 10). Fala ele do livro de Saramago que mais me impressionou e da cegueira de cada um de nós e dos profissionais da psicologia e com certeza, tudo a ver com o livro que estou lendo, que ensina a importância do olhar, mais do que o falar.
 
 
 

terça-feira, 30 de setembro de 2014

Mensagem na garrafa

 

Estou pedindo um livro de Luiz Alberto Py, psicanalista carioca. Como sempre faço quando estou escolhendo um livro faço uma busca a respeito do autor e sua obra.
 
Gostei muito de assistir um vídeo onde é entrevistado (aqui).
 
Enquanto eu assistia ao vídeo ia definindo se ia solicitar ou não o livro e decidi por pedir e em quanto escrevo aqui a troca foi confirmada.
 
Ao final da entrevista ele diz que reza todas as noites e é como colocar uma mensagem na garrafa e ela fica lá, pode ser que Ele leia, pode ser que não, mas está lá.
 
Uma pessoa adorável. Gostei de conhece-lo através do vídeo e vou gostar de ler seu livro, baseado na experiência pessoal e profissional.

quinta-feira, 25 de setembro de 2014

Mais uma pérola entre as trocas.


Tenho livros maravilhosos nas estantes, frutos de trocas bem sucedidas e bem selecionadas. Muitos lidos e guardados por mais um tempo.

Semana que vem vai um para troca que ainda está com alguns post-it sobre trechos que foram marcantes durante a leitura e que preciso registrar antes de enviar o livro para o próximo dono.

Sou muito grata a esse sistema de trocas, porque propiciou que eu voltasse a ser uma leitora voraz. Sozinha, não chegaria a esta variedade de autores e títulos.

E a leitura que cada um escolhe faz parte de um universo único e se aprendemos a mesclar com o nosso, é possível ampliar sobremaneira o horizonte.

Não quero contar quantos livros estão esperando na fila, mas ontem terminei dois livros na sequencia e como chegou "Sonhos do dia e sonhos da noite" resolvi dar uma olhada antes de dormir e me apaixonei. Mais um que furou a fila. Considerei a escolha deste livro como um passatempo para logo descarta-lo, mas vejo que é um excelente livro, de um psiquiatra italiano, e parece, a princípio,  bem traduzido.

Hoje fui pesquisar em uma livraria italiana sobre o livro em italiano e esta é a sinopse:

"Che cosa sappiamo di tutta quella parte della nostra vita che trascorriamo dormendo? Il sogno è, fin dall'antichità, uno degli argomenti più affascinanti per ciascuno di noi, ricco di segni e premonizioni. L'autore intende condurre in un viaggio nel mondo dei sogni, quelli della notte, ma anche quelli del giorno, fatti ad occhi aperti, e mostra le connessioni del sogno con la salute, la vita affettiva, l'intelligenza."

Eu tenho tido sonhos interessantes e este universo dos sonhos sempre me fascinou, tanto os do dia como  os da noite e por ser assim apaixonada pelos sonhos e acreditar no potencial deles para a vida prática, muitos me consideram "fora da casinha".
E aí se torna um assunto que não se tem com quem conversar, porque parece loucura "aos sensatos", e é assim que posso ter o deleite solitário de ler este livro e aprender mais sobre mim mesma e meus sonhos.

Quem sabe aproveitar os sonhos e os seus efeitos no cotidiano não precisa se drogar, se anestesiar.
Sonhar é uma viagem, e se aprendemos a interpretar essas viagens, do dia e da noite, a vida fica leve, fascinante, sem contra indicações.

quarta-feira, 24 de setembro de 2014

O Sofrimento é opcional?


Ontem em uma brecha fui ao cinema assistir "The Giver", baseado neste livro, que conta uma distopia, um mundo forjado na "igualdade" e ausência  de relações complexas como a vida apresenta no dia a dia.
 
Um grupo governa e decide o que é bom e o que não serve para a "comunidade ideal". Mais ou menos como o sonho dos comunistas.
 
Daí lembrei que tinha o livro, e em seguida, sem jantar, para aproveitar que o filme ainda estava inteiro na memória devorei o livro. Gostei de ambos, do livro e do filme, e é uma pena que um filme destes não seja discutido nas escolas e não esteja sendo visto por adultos em vésperas de eleições. A sala de exibição estava com apenas 6 pessoas.

Mas o post era para ser sobre o livro da Lucy Cavendish, que havia recebido em troca há mais de três anos, mas como meu inglês era muito raso, não deslanchava a leitura. Agora foi.
 
 
Terminei de ler hoje o livro de Lucy Cavendish, "The Invisible Woman" e a sensação era de que aquela família tinha as horas contadas, se fosse real, apesar do livro ter um "final feliz". Fui Pesquisar na Internet e realmente o livro é uma versão da própria história dela, e a autora já se divorciou há 3 anos, ou seja, depois que a história do livro termina,  teve mais uma filha, seguiu a loucura da vida e da invisibilidade e o casamento acabou.
 
Não digo que não gostei do livro, na verdade gostei. É baseado na história  da autora, da mãe contemporânea e da loucura que é esta vida cheia de compromissos, filhos, amigos, familiares, sexo, festas,   relações do passado e as atuais relações, nem sempre ideais, mas normalmente as que conseguimos. Tudo meia boca, aos trancos e barrancos, no corre-corre, sem pensar, sem muitos planos ou futuro.
 
Nessa escolha de vida, o sofrimento tem sido obrigatório e não se salva ninguém.

Às vezes é preciso parar, respirar, olhar em volta e questionar se é isso que queremos e o eu podemos fazer para evitar o sofrimento, que não deve ser obrigatório.

terça-feira, 23 de setembro de 2014

A vida é frágil ou somos nós?

Segundas-feiras são dias críticos na minha vida recente.
 
Sim, finalmente aprendi que vidas temos muitas, mais até do que os gatos, e que apenas uma vez se morre.
 
Então cá estou, em mais uma oportunidade em uma nova vida, com alguns antigos erros e acertos e novas oportunidades para crescer, sofrer e no tempo certo perecer.
 
Voltando às segundas, tenho aulas de dança e nelas além de aprender passos dentro da música, aprendo passos para a vida, e não sei o que é mais difícil.
 
Certo é que a passagem pela vida é frágil, delicada, e se levarmos tudo na ponta da faca vamos nos machucar mais e mais.
 
Viver dói, mas como dizia o poeta Drummond de Andrade: "A dor é inevitável, mas o sofrimento é opcional".
 
E a dança tem me ensinado o quanto essa frase é válida, para a vida e para as lições de vida entre os floreios dos pés.

quinta-feira, 18 de setembro de 2014

Entre escolhas

Acabei de fechar seis envelopes com cartões postais para seis diferentes países. Homens, mulheres e crianças, cada um com suas próprias escolhas e preferências e dentre elas fiz as minhas.
 
A escolha parte de uma base, de experiências e da variedade de opções.
 
 
Ainda que tenhamos a pretensão de viver a vida com leveza, não tem como fugir das escolhas diárias, desde a hora de levantar e começar o dia até a hora de  fechar os olhos para o sono que tudo repara.
 
Aprendemos com as escolhas próprias e a dos outros. 
 
 
 
 

terça-feira, 16 de setembro de 2014

Na própria pele

Estou aprendendo a viver no presente.

É uma experiência única, mágica e indescritível. Só estando na própria pele.

Viver no presente é como viver pela primeira vez  sem desprezar a experiência, ou os conselhos, mas acreditar que é um novo desafio, uma nova oportunidade, um grande aprendizado. E sem desprezar alguns confrontos.

Como descobri? Quando me confrontei diante de uma situação criada em um relacionamento do cotidiano. Em um conflito de ideias e de ideal.

O outro desiste, "chateado", culpando-me de não colaborar com isso ou aquilo. As raízes daquela "chateação" precisavam confirmar fracassos do passado. E a vitimização.

Argumentei com leveza. A situação era ridícula e merecia um pouco de seriedade. Tentei expor que ao invés de nos "chatearmos", podemos criar novos desafios, pisar com passos novos, desviar dos pontos que costumávamos esbarrar, se as pedras ainda estão no mesmo lugar, mas se ainda desejamos fazer aquela trilha.

Sugeri questionar sobre o que é que realmente importa, a pedra ou o caminho?

Sim, é preciso estar na própria pele, para ser livre e viver o desafio presente. E na própria pele podemos nos salvar do fracasso, próprio e daquele que os outros querem jogar nas nossas costas. Porque não posso ser responsável pelos "chatos" e "chateações" dos outros e afinal, se é tão ruim assim, se tudo já "está confirmado pelo passado e suas insolúveis chateações", porque repetir o que não funciona até esbarrar na pedra, que já se sabe aonde está?

Perda de tempo. Tsc.

Por falar nisso, o último livro que li, "Rebuliço no pomar de goiabeiras" é a melhor ilustração que encontro para a rápida experiência de hoje. Com começo e sem fim determinado.




quinta-feira, 4 de setembro de 2014

Com e sem raízes

Terminei hoje a leitura do livro de Vanessa, "The Language of Flowers".

Li em cada momento vago e nos momentos que vaguei para continuar presa com ele em minhas mãos.

Adoeci. Chorei. Repassei minha vida e as flores que amei e desprezei ao longo da vida. 

Faz sentido.

Ainda bem que o livro é meu. Vou reler tantas vezes quanto for necessário. Vai ser meu guia para comprar e presentear flores.

Já li muitos livros bons na minha vida, mas este vai para a pequena lista de preferidos, que não passam de 5 até hoje.

Muitos trechos para citar, muitas reflexões para digerir. 

Agora, o jeito é recuperar as forças e colocar o nariz para fora da porta.

A propósito, quando eu estava terminando de ler este livro, chegou um novo (esta semana é o terceiro que chega para a fila): "O Clube do Livro do Fim da Vida", de Will Schwalbe. Parece muito bom.

sexta-feira, 29 de agosto de 2014

A linguagem das Flores

Há mais de dois anos trouxe dos EUA o livro "The language of Flowers" -  em português "A linguagem das Flores".
 
Não sabia nada da autora, era um livro recém publicado e pareceu interessante.
 
Voltei para casa e acomodei-o junto com tantos outros que aqui já estavam aguardando a leitura. O último livro que li, deixou boas lembranças e então resolvi ler um livro de outra autora americana e comecei há dois dias a ler este livro.
 
É uma pena que não tenho tido mais tempo, mais organização para devorá-lo. O livro é maravilhoso e já foi traduzido para o português.
 
Não tenho palavras para descrever o conjunto de emoções que estou sentindo enquanto leio este livro.
 
Não somente algumas flores ou árvores têm espinhos. Muitos vezes também deixamos os nossos aflorar e assim afastar o que consideramos perigoso e ameaçador.
 
p.41
 
"Your behaviour is a choice; it isn't who you are".
 
Valem muito estas páginas, para refletir a respeito dos nossos comportamentos que nem sempre refletem nosso verdadeiro eu, até porque confundimos superfície (espinhos) com a profundidade (essência).
 
É uma boa dica para presentear, com um buquê de flores.

terça-feira, 26 de agosto de 2014

Vencendo os desafios

Sem explicação. Recém troquei este livro e já terminei de ler em poucos dias.
 
Mais um daqueles que foi escolhido sem muitas ilusões e surpreendeu.
 
Um livro muito feminino, sem escorregar nas fraquezas do que consiste ser feminina ou feminista. Final feliz?
 
Confesso que até a última página não consegui desvendar o final, que apesar de tudo era palpável. É um livro cheio de direções, de caminhos e opções, como a vida é e flui a cada novo presente.  
 
Conta a história de uma mulher americana do nosso tempo, dentro da realidade norte-americana, mas não deixa de se comunicar com todas as demais mulheres.
 
Aprender a viver só, é um desafio. E o livro traz várias personagens do universo feminino, cada qual com suas perspectivas e circunstâncias e faz-nos observar, entre poucas e simples receitas de culinária, receitas de bem viver, enfrentando os fantasmas que cercam cada uma.
 
Adorei o livro. Vai ficar na minha biblioteca para reler trechos, testar receitas e ouvir as músicas citadas.
 
O trecho que colo abaixo (não estou sabendo usar o programa por isto está horrível assim)mostra bem como funcionamos. Muitas vezes construímos nossas vidas com base em situações mal resolvidas e isto não é independência ou autonomia.
É preciso aprender a viver só, a produzir a própria bagagem, o lixo e o luxo de ser o que se é. E não adianta fugir. A vida sempre traz a conta, mais cedo ou mais tarde e o livro mostra bem tudo isso.
 

 
 

 A vida é recheada de desafios, de batalhas e todos guardam cicatrizes dos embates. Contudo, é preciso libertar-se e alçar voo para ser livre e digno da vida que se apresenta a cada um de nós.

quinta-feira, 21 de agosto de 2014

Aprendendo a viver só

Nas últimas trocas tive muita dificuldade e acabei fazendo escolhas no escuro, o que atrasou minha decisão sobre a próxima leitura.
 
Abri e fechei vários livros, li trechos e abandonei. Li muito e li nenhum inteiro.
 
Finalmente escolhi ontem "Aprendendo a viver só" de Judith R. Hendricks e tive que me controlar para não ler a noite toda. Um romance simples, mas com acesso a cozinha, a reflexões sobre as escolhas afetivas e ao cheiro do pão assando.
 
Ainda estou na p. 72 deste longo romance, mas acredito que promete ser uma boa leitura.
 
 
 
 

quarta-feira, 20 de agosto de 2014

Agosto, mais da metade...

Travei nos livros. Folheio e não leio. Não consigo me concentrar. É tanta coisa acontecendo que parece estou parada no tempo.
 
Mas assisti quatro filmes que valeram.
 
Oportunamente quero deixar registradas minhas impressões.
 
Enquanto isso agosto segue com alto índice de mortos, para confirmar ser o mês do desgosto.
 
Será? 

sexta-feira, 15 de agosto de 2014

Entre reações, novas ações

 


Agosto é um mês considerado de desgostos, e este ano, ao menos na primeira quinzena, superou as expectativas.
 
Uma sucessão  de más notícias, que mudam nosso modo de responder às circunstâncias e do que esperar do futuro.
 
Parece exagero, pode ser, mas agora é tempo de sacudir e reagir.
 
Quase simultaneamente aos acontecimentos na nação, descobri que um computador onde guardava preciosidades "morreu" depois de um mês sem uso. Surpresa, decepção, as coisas de sempre. Respirei e reagi. 

Fui atrás do principal material que precisarei em breve e encontrei quase tudo e algo mais, o que me fez lembrar que tragédias, fatos que consideramos o fim do mundo podem ser uma abertura de espaço para melhores momentos, para novas oportunidades e mais energia.
 
Enquanto há vida há aprendizado, ações e reações.

quarta-feira, 13 de agosto de 2014

Reequilibrando o desequilíbrio da vida

 


Ah, Agosto, mês do desgosto, diz o dito popular. Mas afinal o que é desgosto.
O que não tem gosto pra mim, é delicioso pra você. O que você não gosta, pode ter meu gosto e eu desconhecer se gosto ou desgosto.
 
 
Ontem morreu Robin Williams e antes da morte dele (ou simultaneamente) muitas esperanças, fantasias, morriam em mim. E lá estava eu com a cabeça cheia de caraminholas, quando um amigo sem contato há exatos 4 anos, com a morte do ator, encheu-se de desequilíbrio e resolveu me escrever. O ator que buscou o equilíbrio no suicídio, balançou meu amigo, que em completo desequilíbrio, atirou-se no espaço e escreveu, colocando com honestidade o que vinha à cabeça, para justificar o longo silencio.
 
É preciso coragem para viver, para desequilibrar, o corpo ou a mente, sacudir o marasmo e avançar, para a vida ou para a morte.
 
Meu amigo disse que jamais me esqueceu, apenas não me escrevia por isso ou aquilo, que não importa mais. Também sempre me lembro dele e pude retribuir, desequilibrando minha rotina.
 
A coragem de dar o primeiro passo, de conceder-se ao desequilíbrio é quase um ato insano. Mas esta energia é vital.
 
E meu amigo veio em busca dela, na véspera do seu aniversário. Veio abraçar-me para que eu também pudesse sentir a força do equilíbrio em um abraço, para caminhar em sua direção e construir um momento a mais para nos recordarmos que a vida é assim, sem certo ou errado e que os momentos precisam ser valorizados.
 
L'attimo fuggente é o título em italiano do filme Sociedade dos Poetas Mortos.
Somente agora, me dei conta que provavelmente Neil seria como o próprio Robin Williams.
 
Sim, é preciso desequilibrar-se dia após dia para transformar a vida extraordinária.
 
Carpe diem!
 
 

segunda-feira, 11 de agosto de 2014

Sobre Vidas e Penas


Quanto tempo fiquei a olhar este homem e este pássaro? Ambos me viram e seguiram suas vidas e interesses, sem perturbar-se com a minha invasão. Com a minha surpresa e emoção entreolhando vidas e penas.
 
O homem pescava e o pássaro esperava.  Algumas vezes parecia que se olhavam, voltados um para o outro. Outras vezes efetivamente se olhavam, sem me deixar ver o que comunicavam um ao outro. Eu era uma intrusa, estranha àquela natural relação. Com e sem penas.
 
Este final de semana duas pessoas amadas conversaram depois de um encontro entre nós, e uma perguntou a outra se eu tinha gostado de determinada notícia. Perguntou mais de uma vez e a resposta foi "acho que sim".

Que pena ter dúvidas, que pena ter que dizer "acho que sim".
 
Para tantas dúvidas, incertezas, é claro que a resposta é não. Não, não fiquei feliz com a notícia, mas também não fiquei triste. 
Pena, não posso comunicar.
Chega um ponto que somos indiferentes a alguns fatos e acontecimentos e isto é porque já perdemos o interesse por qualquer resultado. Podemos olhar, mas não vale mais a pena se emocionar, com felicidade ou tristeza.
 
É o que é, e pronto. Cada um sabe de si e de suas relações e escolhas.
Não estamos aqui para fazer coisas para alegrar ou entristecer os outros.
É preciso responsabilizar-se pelos próprios atos e colher as alegrias e tristezas que deles vierem.
Assim como o pássaro e o homem. Simplesmente estão na mesma cena, cada um dentro do seu espaço, com interesses individuais com suas vidas e penas.
 
Se eu quiser alegrar ou entristecer outra pessoa.... é outra história!
O meu esforço é dirigido ao outro, com ou sem pena.
Pode ser que para alegrar o outro, eu sofra. Pode ser que para entristecer alguém, eu fique feliz. O outro é simplesmente uma meta, um objetivo para alcançar o melhor resultado do meu esforço.

Assim, é preciso deixar de ser hipócrita.
Se estou fazendo algo para eu ser feliz, independente do que os outros pensam, eu estarei feliz e pronto. Não importa o que pensem, o que digam.... já cantava Jair Rodrigues.

Agora se eu ficar perguntando se alguém ficou feliz com a minha felicidade.... sei não!
 

quarta-feira, 6 de agosto de 2014

A vida e os bailes da vida

Tem uma gíria que define bem quando algo acontece e muda nosso mundo.
"Levou um baile" ou "Deu um baile" depende por onde se olha.
 
Estou aprendendo a dançar tango, com professores e parceiros diferentes.
Posso dizer que estou "levando um baile" em cada aula que participo. Fato novo.
 
Ontem tive que me controlar para não chorar copiosamente enquanto dançava, em um pequeno espaço de tempo em que me deixei levar. Hoje escrevi para um amigo italiano e fiz confissões inconfessáveis sobre meus sentimentos a respeito do tango e da entrega.
 
Ontem quase desisti, mas eu sei que não posso desistir. E sei também que o tango vai me ensinar muito, vai me ensinar a olhar o homem de maneira diferente, vai me ensinar a me entregar, a aceitar que nem sempre as coisas devem ser do jeito que eu quero, a entender que não estou só no mundo e que posso receber também.
 
Aprender a dançar tango tem sido uma terapia. As tensões saltam fora e o corpo responde com dores nos ombros. As pernas precisam soltar-se e bailar, flutuarem nos desafios da entrega.
 
 
 
 

terça-feira, 5 de agosto de 2014

Fazer o bem, olhando a quem!

Não desistir nunca!
 
Este é meu lema favorito.
 
Ainda que muitos desistam de acreditar em meus passos, ainda que muitas vezes eu precise mudar as rotas e estradas, eu prossigo sempre, cada vez mais conectada com a minha vida e tudo que ela me dá.
 
Hoje pude ajudar uma pessoa. E isto me fez lembrar meu pai e outros pais, que ajudavam pessoas que não eram da família, mas que de algum modo a ela se vinculavam. E entendi. Entendi que devemos estar atentos para ajudar e também para pedir ajuda a quem pode prestá-la.
 
Mas acima de tudo ajudar, se não cai pedaço, porque o bem que faz ao coração e a tudo que nos cerca ...
 
não tem preço!
 
Fazendo o bem, ficamos sensíveis e percebemos o quanto outras pessoas estão sempre nos ajudando e nos auxiliando e tornando nossa vida mais agradável. É só estar aberto. E agradecer por tudo que se recebe e pelo bem que podemos ofertar.
 
 
 
 
 
 
 
 
 

segunda-feira, 4 de agosto de 2014

Faça o mínimo

O que é mais importante, esperar o "tempo certo" e fazer tudo ou começar fazendo o mínimo?
 
O tempo não para e portanto não espera.
 
Fazer o mínimo, é aproveitar cada segundo, com a intenção de atingir resultados desejados.
 
Procrastinar não leva a nada. Adiar inícios, decisões, trabalhos, estudos e afetos, nos frustra e emperra as engrenagens.
 
Estou fazendo o mínimo em diversas áreas da minha vida. Um pouco ali, um pouco aqui, mais um pouco acolá. Frutos? Ainda não, mas não tenho pressa.

quinta-feira, 31 de julho de 2014

Vida Eterna!

Antes da viagem, fui na livraria para adquirir um livro importado que vai chegar depois do meu aniversário, ou talvez um pouco antes se eu tiver sorte, Queria outros tantos, mas me contive diante das fileiras de não-lidos que me aguardam. Mas ainda assim comprei mais um, fino, fácil de ler, para a viagem.
 
Levei dois livros na bolsa. Li apenas poucas páginas de cada um deles, mas que julguei suficiente. Ganhei um livro sobre a história do Chaco. Belíssimo. E comprei mais dois livros em alemão. Parece que serei eterna!
 
É isso, adoro ler e no retorno, enquanto me exercitava, li dois livros para melhorar o baixo saldo de leituras do mês de julho e gostei de ambos: Erotismo, de Francesco Alberoni e Cure sua vida, de Louise Hay. Gostaria de ter tido mais sabedoria para ler estes livros no passado. Poderia evitar muitos incômodos e sofrimentos.
 
Mas nunca é tarde e nada é por acaso. Talvez antes minha mente não estivesse suficientemente "aberta" para absorver o que agora compreendi com estes dois seres humanos super especiais.

quarta-feira, 30 de julho de 2014

Entre idas e vindas

Eu voltei para meu aconchego.
Sinto que voltei feliz, muito feliz, mais sensível, sensitiva.
Experimentei emoções novas e velhas emoções de diferentes modos.
O que poderia ser ruim transformei em experiência positiva. O que era muito bom, aproveitei e deixei passar.
Voltei de uma viagem cultural pelo Paraguai.
Descobri que o Paraguai não é só um grande free shop a céu aberto e que não se resume a loucura de Ciudad del Leste.
 
Tem Assunción e a tragédia dos "alagados" e ainda assim não se vê a mendicância e a indigência que se vê pelas ruas do Brasil. Em Assunción saí para caminhar a noite e não me senti ameaçada.
 
No Paraguai, há segurança armada em todos os estabelecimentos, desde a loja de câmbio até o mercadinho mais simples de beira de estrada.
 
No começo é estranho, mas depois nos acostumamos. Pelo menos não é como no Brasil que as pessoas estão exercendo suas atividades comerciais e são surpreendidas por bandidos armados.
 
No Paraguai são as pessoas de bem que andam armadas, com segurança e não vi nada errado.
 
Diferente do Brasil, lá não tem risco de comunismo. Lá comunista não tem voz.
 
Há pobreza no Paraguai? Claro que há. Mas desde quando ser pobre é ser infeliz ou miserável? Só na cabeça de gente cretina como políticos brasileiros, que apesar de milionários seguem pessoas desgraçadamente inferiores aos mais pobres no Paraguai.
 
Vou voltar ao Paraguai. Gostei mil vezes mais de lá do que do Peru, apesar de não ter as belezas naturais deste.

sexta-feira, 18 de julho de 2014

Meio de campo enrolado

É hoje, o último dia da bagunça. Por que?
 
Porque sim, Zequinha! Amanhã não estarei aqui. Preciso deixar tudo em ordem.
 
 
Férias das aulas, mas os estudos continuam. Matrícula feita, viagem marcada, tensão com algumas pendências, tempo feio e vento.
 
 
Tempo de cuidar da saúde, da vida que ainda escorre.
 
Hoje me dei conta que minha vida oscila em uma base com poucas variantes. E assim, a vida, o medo, a coragem e outras estimulações, internas e externas, acontecem em um determinado padrão que se repete. Passam os anos, mas as caixinhas para engavetar as emoções e acontecimentos estão lá.
 
Como foi que não percebi antes?
 
 
Será que acontece com todos? Funciona sempre ou tem desvio padrão? Teria sido mais fácil (??) com esta consciência?
 
 
Só o tempo que sabe.


sexta-feira, 4 de julho de 2014

Cães de Babel

A vida continua e a leitura também.
 
Hoje estou fiquei emocionada e triste pela  morte de Giorgio Faletti, 63 anos, que na minha ignorância, acreditava ser exclusivamente escritor. Estava mal informada.
Ele era um artista multifacetado: escritor, cantor, ator, diretor e sabe lá o que mais.
Passou mal, avisou o teatro que não apresentaria o espetáculo hoje, foi hospitalizado e morreu.
 
Estou lendo o último dos três livros que comprei em Joinville, em uma linda feira a céu aberto. Cães de Babel. O livro é muito bom, diferente de qualquer outro livro que eu já tenha lido e estava refletindo sobre a morte que o livro narra, quando recebi a notícia.
 
Tem certeza maior que a morte? Cães de Babel está me proporcionando mergulhar nela, entre risos e reflexões.
 
Porque é isso. Ela, a morte, chega, queiramos ou não. Só me resta agradecer pela obra que nos deixa e desejar que descanse em paz.
Meus próximos livros de leitura serão dele.
 
 
 

terça-feira, 1 de julho de 2014

A Comédia Humana

Terminei a leitura deste livro de apenas 208 pp.
Recebi em uma troca há mais de 3 anos e sempre ficava para trás.
Em poucos dias li e gostei muito, com direito a emoções fortes e algumas lágrimas.
 
O único defeito é que esta edição tem um número considerável de erros, como se a tradução não fosse revisada, mas para quem conhece a língua portuguesa e entende o contexto não prejudica. No entanto considero um desrespeito com o autor e sua obra.
 
Não sei se vou repassar em troca. Provavelmente vou guardar e reler.
 
Todos os personagens têm algo a transmitir e ensinar de um modo tão simples, que emociona.
 
Diz o velho bêbado do telégrafo para o menino mensageiro, pp. 178-179:
 
"Deixa eu te dizer uma coisa. Tenha muito cuidado com tudo que diz respeito aos seres humanos. Se você vir alguma coisa que está certo de ser errada não tenha tanta certeza. Se estiver lidando com gente, tenha muito cuidado. Agora, você vai me desculpar mas tenho de lhe dizer porque você é um homem de respeito de modo que não me incomodo em lhe dizer que é errado criticar a conduta de qualquer pessoa. Na medida em que o homem vai chegando perto do seu fim, ele se sente feliz pelas pessoas que conheceu e que continuarão vivendo depois que ele se for. Será que você entende o que estou dizendo?
   - Não estou muito certo, senhor Grogan.
   - Estou lhe dizendo uma coisa que não poderia lhe dizer se não estivesse bêbado. Te digo uma coisa, agradeça a você mesmo. Isso mesmo, agradeça a você por você. Compreenda que aquilo que o homem é, é algo pelo qual ele deve se sentir agradecido pelo fato de que o homem que é receberá a confiança de totais estranhos.
Novamente, Homero lembrou-se da garota do Hotel Bethel e a urgência com que quis falar com ele como se fossem velhos amigos.
   - Esses estranhos - disse o velho - saberão que você não os trairá nem os machucará. Eles saberão que você não sentirá desprezo por eles. Sentirão que você verá dentro deles algo que ninguém antes conseguira ver. Você precisa saber disso sobre você mesmo  e não ficar encabulado. Você é um homem de 14 anos. Quem fez de você tal homem? Eu não sei quem foi mas que é verdade, é verdade. Agradeça por estar vivo e por tudo que vem com isso. Você compreende?"
 
É isso. Saio deste livro, sem ânsia de próximo livro, ainda que a pilha seja enorme, ainda que sejam outros livros fabulosos. Preciso um tempo para agradecer a mim mesma e a Willian Saroyan por me proporcionar esta delicada pausa.

Meu Veneno é também remédio

Tudo que envenena também cura, depende da dose. Aprendi isto com alimentação e em outras experiências através da medicina alopática e homeopática. Ainda estou observando nas relações interpessoais.
 
 
"É dose"! Esta expressão é um desabafo quando acontece algo conosco que não estamos preparados para engolir ou suportar.
 
 
Pois é. Não é fácil para ninguém e se não equilibramos nossas doses pessoais de veneno, nos transformamos em pessoas tóxicas. E assim matamos relações e morremos sem cura.
 
A propósito, recebi esta semana o livro "Gente Tóxica" de Bernardo Stamateas. Quero ler e vai passar na frente da fila de centenas de livros que aguardam a vez.
 
Algumas vezes apesar de amarmos alguém e de sermos amados por este, a relação é tóxica e prejudicamos uns aos outros. Como é estranho ouvir que alguém, que se afastou está bem. Uma sensação de felicidade porque conseguiu e outra de tristeza porque fracassamos juntos.
 
O importante é não perder de vista que a vida é escola e que estamos aqui para aprender e por que não administrar melhor nosso veneno até que seja um remédio bom e eficaz? Por que não?

domingo, 29 de junho de 2014

Auto-estima e saúde mental

"De hoje em diante, você e eu somos amigos", p. 17 in "A Comédia Humana", William Saroyan
 
 
Passei dois livros à frente de "A Comédia Humana", mas não foi a primeira vez que fiz isto. No entanto é a primeira vez que estou realmente lendo este livro e encantada com os personagens, com a vida simples e a sinceridade que expressam seus sentimentos.
 
A frase que destaco,  não dizemos e não escutamos mais. É preciso vontade e responsabilidade para assumir tamanho compromisso.
 
Amigo hoje, é de cliques, para volume, para inchar nossa popularidade. Esvaziou o sentido trazido pelo comovente diálogo do velho do telégrafo e o menino, novo mensageiro.
 
O jeito é comprometer-se consigo mesmo, para salvar-se e diante do espelho reafirmar o desejo de amizade eterna. Não tem preço a felicidade que disto resulta. E procurar ser amigo e construir um mundo mais fraterno e imperfeito. Sim, imperfeito e ao mesmo tempo divertido. Quando nos vemos perfeitos pensamos que não precisamos de nada, nem de ninguém.
 
P.S.: Muito bom o livro "A Dieta da Mente", do Dr.  David Perlmutter, que deverei reler muitas vezes como fiz com o livro do Dr. Dukan, que me auxiliou a recuperar o peso saudável. A Dieta da Mente vai além, mas não deixa de estar associada aos ensinamentos que aprendi. E o livro traz ao final receitas maravilhosas e fáceis de preparar!


sexta-feira, 27 de junho de 2014

O Canto de Aquiles





Recebi este livro esta semana, em áudio, e ouvi em todos os momentos possíveis até durante os banhos.
 
Esta é a vantagem de um aparelho mp3 à prova d'água.
 
Em português (Brasil) o livro recebeu o nome de "Canção de Aquiles".
 
Adorei saber mais por Aquiles através deste livro premiado e conhecer a história de Pirro, que não sabia que era filho de Aquiles.
 
 

quinta-feira, 26 de junho de 2014

Sê turista por um dia

Sediar a copa do mundo tem vantagens que não passam pelo aspecto econômico, mas por um aspecto que dinheiro não compra.
 
Enquanto escrevo, um  pseudo engraxate, que tem posto fixo nas ruas ao redor, repete sem descanso o pedido de dinheiro para almoçar, carregando a velha caixa de graxas que nem usa. Faz os seus pedidos por várias ruas, desde café da manhã até almoço (nunca ouvi ele pedindo janta). Na verdade, descobri agora, por ocasião da copa do mundo, que ele pede a mesma coisa em ruas vizinhas.
 
O Olhar do turista aguça nosso olhar para a cidade, para as pessoas ao redor de nós.
 
O turista que caminha pelas ruas procurando pontos para  admirar, procurando qualquer coisa que atraia a sua atenção, faz lembrar de mim mesma como turista, vasculhando, observando, imitando, aprendendo a sobreviver em um espaço desconhecido.
 
Não somos os mesmos quando "estamos turistas".
 
Sou favorável a viagens de horas, de um dia, de períodos maiores, mas já me dei conta que quando volto repetidas vezes para o mesmo lugar, meu olhar não é mais inocente como o do turista.
 
Turista precisa de superação, fôlego, boa vontade e homor renovados para resolver as dificuldades. A criatividade fica em alta. Ele se transforma, cresce ou encolhe, dependendo da necessidade. Entrega-se a aventuras que não se permitiria na própria cidade e acha que tudo ou quase tudo é legal ou válido, porque sabe que pode arrumar a mala e partir em prazo determinado.
 





quarta-feira, 25 de junho de 2014

Olhos nos olhos....


"Nos cansamos de alguém quando cansamos do seu olhar, quando percebemos que ele nos pede alguma coisa que já não podemos realizar." (Emili Rosales, in A Cidade Invisível, p. 194)


Muito bom este livro. Devorei suas páginas e gostei muito dos fatos históricos trazidos pelo manuscrito, a respeito da construção de cidades e obras de arte. Como é tradução, em alguns momentos tive dúvidas, mas pelo contexto pude deduzir e solucioná-las.

A alternância de fatos  no passado e no presente, exige atenção e há muitos fatos, personagens e datas o que faz que muitos não gostem do livro.

Mas é bom. Recebi em troca de livros há mais de 3 anos e só agora li e já vai para nova troca.

Trocar livros disciplinou minhas leituras. Como recentemente organizei mais meus livros, estou priorizando a leitura de trocas mais antigas. E as surpresas não cessam.
Leio um por vez e ainda que não esteja interessante no início, prossigo e tenho me surpreendido positivamente. Não vou omitir que sempre tem um audiobook, outras leituras que se atravessam, mas não perco a meta de um livro por vez, do início ao fim.

Trocar livros é como estar em uma grande família com gostos literários diversos e um eterno aprendizado. E com tantos gostos e livros, é preciso disciplina e muita vontade de ler.

Leitura é hábito. Começa-se devagar, sem jeito até para segurar o livro, mas tem que insistir como para a implantação de qualquer hábito novo na nossa vida. Depois que o hábito "cola" só temos a ganhar.

Em nossos dias não temos mais desculpa para não ler. Os livros estão mais baratos  ou gratuitos, seja o livro físico como o digital. Na internet temos as listas de trocas e os livros digitais em várias línguas, pelo book crossing, email, etc.
Também não estuda, não melhora os conhecimentos quem não quer.
A internet disponibiliza cursos do nível básicos ao avançado em quase todas as áreas do conhecimento e desenvolvimento humano, além de excelentes artigos técnicos, muitos totalmente gratuito.

Acesso à internet? Existem muitos pontos onde se pode acessar gratuitamente.


Ainda assim, o povo se desculpa que não tem tempo...

Qual o problema? Acredito que sejam as redes sociais, os tititis que afastam as pessoas do próprio foco, da realização dos próprios sonhos e desejos, já que ficam mais preocupadas em tentar ser o que não são e assim enganando uns aos outros com modinhas e músicas de gosto duvidosos.

Emili Rosales segue viagem esta semana para outras mãos. Espero seja bem recebido e compreendido. Caso contrário, será um bom passatempo com conteúdo histórico.







terça-feira, 17 de junho de 2014

Finalmente!



Que leitura agradável este "Marina", o segundo livro que leio deste autor. O primeiro "A Sombra do Vento" li logo que foi lançado no Brasil e este ganhei e estava adiando a leitura há mais de dois anos.
 
Somente li porque prometi em troca. E que bom que prometi! Gosto deste escritor, mas lendo Marina, lembrei que para mim os livros dele ficam muito bons da metade para o fim.
Quando cheguei na página 100 não consegui largar até o final. Acredito que este preconceito estava me segurando.

"O circo foi a minha escola e o lar onde cresci. Mas nessa época, já sabíamos que ele estava condenado. A realidade do mundo começava a ser mais grotesca que as pantominas dos palhaços e as danças dos ursos. Em breve ninguém precisaria mais de nós. O século XX tinha se transformado no grande circo da história."(in Marina, p. 141)
 
Tenho outro livro dele (O Jogo do Anjo) e quem sabe leio ainda este ano.
 
 
Próxima leitura: A Cidade Invisível. Decidi continuar lendo romance ambientado na Espanha.
Olé!