sábado, 24 de novembro de 2012

Viver comprando ou desfrutar a vida?

Ontem recebi duas mensagens que vieram ao encontro das reflexões que venho fazendo nos últimos anos.

Resumindo: a primeira fala de uma americana que aprendeu no período em que estava desempregada a viver sem gastar dinheiro, aproveitando o luxuoso lixo dos bairros nobres de NYC. Com a economia que fez conseguiu comprar um imóvel e agora apesar de empregada, segue cada vez mais econômica; a segunda é um desafio para passado o Black Friday não comprar mais nada até 2013.

Considerando que ninguém mais tem tempo para fazer o que gosta e que vivemos em filas comprando, comprando e comprando vou aderir ao desafio.

Leo Babauta, nos incita:

"We are more than consumers. We don’t need to buy gifts to celebrate the holidays with each other — we can get together, make delicious food, go outside and do something fun, play games, talk, tell jokes, tell stories, give hugs."

Nós somos mais do que consumidores. Nós não necessitamos comprar presentes para celebrar os feriados com os outros - podemos nos reunir para preparar deliciosos alimentos, para sair e fazer algo divertido, jogar, conversar, contar piadas, contar histórias, dar abraços.

Eu acredito que este comportamento faz o tempo "crescer" em nossas vidas. Como sinto que se alonga quando estou em viagem, só desfrutando a vida, sem pressa para filas ou compras.

Seguem as regras do desafio:

The Challenge Rules

There are no official rules. Make it up as you go.
However, some suggestions:
  1. Make a commitment to Buy Nothing, except necessities, through the end of 2012. Tell at least one other person, or better yet, spread the word through Facebook, Twitter, G+, email, etc.
  2. Necessities are OK. Of course you’ll have to buy groceries and household supplies and medicine, and shoes for your kid if the shoes get holes in them. Christmas decorations are fine, as are balloons for your New Year’s party. And if you need to buy stuff for your business or work, go ahead and do that. But avoid buying gifts, or new clothes or gadgets or other things for yourself.
  3. Find other ways. If you need something, like a sweater or a hammer, see if you can find a different means other than buying it. Can you do without for a few more weeks? Can you borrow it from a friend? Trade? Find it free on Craigslist? Get it at a thrift store (yes, that’s buying, but buying from Goodwill is better than buying from Walmart). Can you make your own?
  4. Celebrate without buying gifts. There are lots of ways to celebrate the holidays, and buying gifts is only one possibility. We can have get-togethers with great food, with outdoor sports, indoor board games, out in nature. Or we can give food as gifts. Or our time. We can volunteer together. We can create movies and art together. Be creative!
  5. If you cave in and buy something for some reason, don’t fret. It’s much better to avoid buying for most of the holiday season, and save resources and carbon emissions (and debt), than to just ignore the issue and buy without limits. Just renew your commitment not to buy anything else after the slip up.
  6. If you’ve already done some shopping because of the sales, don’t worry. You can still participate by starting now, and forgetting about what came before!
Join me, my friends, and together let’s forge a new path that’s free from the burden of buying.

Vou participar!!!!

sexta-feira, 23 de novembro de 2012

Viver é uma arte!

Finalmente terminei de ler o livro On Rue Tatin.
Recebi este livro em uma troca há mais de dois anos e neste meio tempo lia e deixava de lado para um dia estar só com ele. Gostei dele desde a primeira linha.
Susan Loomis é americana, mas vive na Normandia, na cidade de Louviers com seu marido e um casal de filhos nesta linda casa retratada na capa do livro (que já foi um convento!).

Susan conta neste livro a sua história de amor com a França, país que escolheu para se estabelecer desde o início dos anos 80 e a saga para se adaptar às regras locais. 

Conheço pouco da França. Aliás, um país que ainda não voltei desde 2005, não porque não goste, mas porque foi o único lugar do mundo  onde  tive pertences roubados (mas minha convicção é de que não fui furtada por franceses).

Fiquei com vontade de perambular pela Normandia, de voltar para Paris, de voltar para a França, graças ao livro bem escrito. 
Susan descreve muito bem suas experiências por lá e os pratos que selecionou para o livro são simples e fáceis de fazer.

Este livro não volta para as listas de trocas. Quero reler e preparar a maioria das receitas.
Descobri hoje o site dela aqui. Muito simpático e cheio de informações.

Cadê o tempo que estava aqui???? Será que o gato comeu?!

Ontem tive que voltar ao hospital para falar com o médico. Consulta marcada, aguardando atendimento, fico observando ao redor. Todos de algum modo têm pressa. Todos estão ansiosos para aquele momento acabar e começar outro.

Uma das atendentes comenta com a outra, que a casa está uma bagunça, que não tem mais tempo para nada, que só corre e não dá conta dos  afazeres.

Estamos todos sem tempo. Será que o gato comeu? 

Onde foi parar aquele tempo que sobrava, que custava a passar, que até irritava de tão lento que era?

Certo é que precisamos fazer as pazes com o tempo, fazer uma parceria com ele, porque a falta de tempo tem levado muitos de nós ao stress, depressão profunda e para outras doenças mentais e físicas severas e incapacitantes.

É preciso aprender a relaxar, a fazer uma coisa por vez, tudo a seu tempo, sem pressa, planejado, organizado. Reaprender a estar no tempo, no aqui e agora - no presente.

Não, o gato não comeu o tempo. Nós é que o devoramos sem qualquer cuidado ou prazer.

quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Que bicho nojento!!!!

Ontem fez um calor senegalês. Hoje continuou e o técnico do ar condicionado teve que vir revisar um aparelho que pinga para dentro e molha todos os passantes na rua. 

Aff!

Assim que começa a abrir o aparelho aparece uma barata passeando dentro - do ar condicionado! Incrível, que bicho nojento. 

Minha casa está passando por super limpezas para começar o novo ano bem cuidada e organizada. Não é para ter insetos, mas não tem como escapar. O jeito é seguir limpando e cuidando a higiene.

A foto tirei daqui onde tem também uma reportagem bem interessante sobre as nojentas baratas.

Eu que estava chateada que o aparelho estava vazando, já estou mais animada, pelo extermínio da barata.

terça-feira, 20 de novembro de 2012

Grupo é terapêutico!

Estar em grupo é remédio, doce ou amargo, depende do que escolhermos.

O individualismo afastou as pessoas dos grupos. O medo, a desculpa da timidez ou de hábitos muito particulares tem afastado muita gente de conviver em grupo. Muitas vezes eu também evito.

No entanto, grupo realmente é terapêutico. As tiradas, as sacadas, as conversas sem muito significado aparente acabam sendo o remédio, a terapia que cada um está buscando.

Na última viagem uma senhora entre 40 e 50 (talvez mais) insistia em dizer que não estava em busca de relacionamento sério. A cada turno ela precisava reafirmar para si mesmo aquela verdade ensaiada da boca para fora, limitante.

Fico pensando, o que é a vida sem relacionamentos sérios? 
Relacionamentos pra valer, sérios, com homens, mulheres, crianças e velhos deveriam ser normais, duradouros ou não.

Deveríamos levar a sério todos os nossos relacionamentos. 

A sério com bom humor, a sério com muita aventura, a sério com fantasia, a sério com muiiito tesão. Mas sempre a sério, construir o melhor relacionamento, transformar-se em um ser humano real e não fantasmagórico que tem medo de sofrer e amar.

Não existe o par perfeito, nem a mulher ou homem perfeito, daí temos que  arriscar, levar a sério, e  o que aparece no presente, seja para descartar, seja para aproveitar.

Eu costumo aproveitar, e levar a sério, ainda que durem um dia ou uma viagem, ainda que sejam  descartáveis.

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

É preciso tocar os limites das próprias limitações

Voltei ontem à noite de uma viagem que há muito desejava fazer. Conheci mais um pouco da serra catarinense, mas especialmente subi a fantástica estrada da Serra do Rio do Rastro.

Não é uma viagem fácil. Os riscos estão ali, a cada curva, a cada subida íngreme e a incerteza de saber se vamos vencer aqueles limites naturais e chegar ao topo, ao clímax da montanha, faz com  que sejamos cautelosos e ao mesmo tempo perseverantes.

Os motoristas que sobem e descem, seja em motocicletas, seja em transportes de carga ou transportes coletivos imediatamente estabelecem um pacto silencioso de cooperação. 

Não tem como ultrapassar, cada ação deve ser responsável para não colocar em risco a própria vida. E pensando responsavelmente na própria segurança, se respeita o próximo. Simples assim. Uma lição muito importante para o bem viver.

Viajei em grupo, um grupo formado a partir de um brilhante mestre. Um guia excepcional que com intuição e sensibilidade estudou o perfil de cada viajante e não titubeou na regência impecável. 
Chegamos alguns  poucos avulsos, outros em pares. Alguns sabendo o que tinham pela frente, outros na expectativa de passar bons momentos, e provavelmente outros sem qualquer expectativa, sem qualquer desejo ou sonho especial, como muitas vezes se vive o dia-a-dia até expirar o prazo de validade.

Adorei. Adorei. Adorei!

Ano que vem vou repetir o itinerário, porque realizei um sonho, aprendi muito com aquela natureza e sei que as lições ainda não estão completas. 

Existem muitos sites a respeito da Serra do Rio do Rastro, mas vale registrar para começar a pesquisa por este aqui.

segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Meio certo, meio errado o importante é ir até o fim e aprender

Eu frequento alguns cursos "on line" onde sou corrigida e corrijo exercícios. Não é fácil, mas não é impossível.
Meio certo, meio errado, corrigindo ou sendo corrigido, é importante opinar, aceitar outras opiniões, ir até o fim das tarefas.

Quando eu corrijo atividade de outra pessoa, às vezes preciso pesquisar, estudar conteúdos que há muito não repassava e redescobertas surgem. E cada vez mais cuido para ser responsável nas observações que faço.

Quando sou corrigida, reestudo, analiso a crítica, busco esclarecimentos se ainda tenho dúvidas, enfim, vou à luta para aprender com os auxílios que recebo.

Afinal,



"Se o conhecimento pode criar problemas, não é através da ignorância que podemos solucioná-los." 
Isaac Asimov


sábado, 10 de novembro de 2012

Tempo: ou se perde ou se ganha. Não tem meio termo.

Ontem fui a Gramado, procurar um móvel para minha casa. Chegando na loja, o gerente sugeriu me enviar as opções por e-mail, porque estava sem o catálogo (uma vendedora estava usando o catálogo em um hotel para uma venda do mesmo móvel que quero comprar). Resumo da ópera: eu poderia ter telefonado para a loja e ter pedido para enviarem por e-mail, sem precisar subir a Serra!
Mas não perdi tempo. Ao invés de desanimar, fui passear pela cidade.
E Gramado está linda, em ritmo acelerado para o Natal Luz, o verdadeiro Natal Luz, não a versão carnavalesca que levou fortunas dos cofres do município.
Fazia muito tempo que eu não ia a Gramado, acho que até como um protesto contra tanta influência de gente estranha àquela comunidade trabalhadeira e honrada.
As floreiras tocam músicas clássicas por onde se anda na avenida Borges de Medeiros. Policiais e trabalhadores pelas ruas, tudo funcionando, todos trabalhando, dentro e fora dos estabelecimentos.
E este ano tem a novidade do espetáculo Korvatunturi, para nos contar a lenda da origem do Natal lá na montanha da Lapônia.
Vou ter que ir. Um espetáculo imperdível. Abaixo uma introdução do super espetáculo e o enredo.





Era uma vez, um povo antigo e sábio que vivia num mundo encantado chamado Korvatunturi, uma terra longínqua com uma grande montanha mágica que escuta os pensamentos de todos os seres e onde a aurora boreal brilha todas as noites. Este povo vivia da bondade e sabia que todos os seres vivos estavam conectados com a Árvore da Vida. Mas a grande árvore estava enfraquecendo, se apagando. O povo de Korvatunturi estava aflito, aguardando a chegada do mensageiro que vinha com noticias da Terra dos Humanos, a qual vivia grandes conflitos entre os homens, conflitos que cresciam...

Korvatunturi é o nome de uma montanha localizada na Lapônia. Há uma lenda local que diz que nos pés desta montanha há um mundo mágico e místico jamais visto por nenhum humano, e que ali vive Papai Noel. A lenda diz ainda que a montanha de Korvatunturi com seu formato que lembra uma orelha é capaz de escutar os desejos das pessoas de todo o mundo. É esta lenda que inspirou a criação deste novo show.

Como começou o Natal? Como surgiu o Papai Noel? De onde vem o Espírito de Natal? O mais novo show da temporada de Natal em Gramado desvenda os mistérios da origem do Natal e do mundo místico de Korvatunturi. O espetáculo nasce de uma explosiva fusão de teatro, dança, técnicas circenses e cenários virtuais capaz de encantar um público de todas as idades.


quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Meu trabalho é estudar!

Quando eu ainda cursava o ensino fundamental aconteceu de querer me exibir para o meu pai mostrando-lhe que tinha recebido uma nota alta em uma matéria importante.

Meu pai depois de um breve silêncio respondeu que eu não fazia mais do que a minha obrigação ir bem nas provas, já que meu trabalho era estudar. Ele  era durão, e a dureza deste homem me ajudou a enxergar a realidade com lentes  menos sonhadoras.

Eu não gostava de estudar, até que resolvi gostar. Quando adulta, não gostava de trabalhar, até que tive que aprender a gostar para "facilitar" meu ganha-pão.

Já faz mais de um ano que não preciso trabalhar, formalmente. Hoje trabalho gratuitamente e somente naquilo que me interessa. Sofri para chegar neste ponto, mas olhando de cima para baixo, valeu cada sacrifício.

Meu grande desafio tem sido estudar todos  os dias. Meu escritório é minha sala de estudos e não tenho um dia de folga, porque a cada novo dia tem uma nova lição, um novo conhecimento, que soma cada vez mais e sempre mais.

Vale muito a pena estudar e sentir o progresso, e me mantém afastada de televisão, de facebook, de fofoca e principalmente da depressão, que cada vez abocanha mais mentes sem utilidade.
Xô bobageiras, xô inutilidades!!!!!

quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Eu sei pintar!

Quase tudo que aprendi na vida, começou com atenção. Prestando atenção em quem eu achava que fazia bem alguma coisa.

Assim aprendi um monte de coisas, muitas das quais não faço mais hoje, mas ainda lembro e posso fazer se quiser.

Com a inundação do meu apartamento na praia, prestei atenção ao trabalho do pintor. Preguiçoso, mas bom na técnica.

E trouxe o que aprendi comigo e apliquei por aqui, pintando um corredor e dois quartos. Estão lindos.
Antes da inundação eu olhava a bagunça e desanimava. Nenhum pintor aceita pintar tão pouco, por um preço justo e eu só iria me incomodar com os "profissionais" que andam por aqui.

A pedra no caminho não impediu a caminhada. Muito bom. Aprendi muito com esta experiência, e não doeu nada, nem no bolso.