quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Capital da Solidão?

Ouvi hoje cedo no rádio que uma pesquisa do IBGE apurou que a capital brasileira aonde vivo a maior parte do ano tem o maior índice nacional de pessoas que vivem sozinhas.

Notícias no Brasil são assim. Pá..pum. Cada um pense o que quiser.
O que significa para a sociedade, para o indivíduo, para a nação esta opção das pessoas?

Sob o aspecto econômico, eu acredito que quanto mais pessoas sozinhas, maior a despesa para manter os lares. É bom dividir despesas, refeições, tarefas, etc.

Sob o aspecto físico-espacial, acho que morar sozinho é uma forma egoísta de se colocar no mundo. É claro que a pesquisa não mostra que muitas destas pessoas vive com um ou mais animais e gastam muito com seus "pets".

Sob o aspecto emocional, pode ser bom, mais ou menos, indiferente ou ruim e até danoso. Não aparece, mas o índice de suicídio de pessoas que vivem sozinhas é alto. Passam a ideia que estão bem e da noite para o dia desaparecem de nossas vidas.
Pode ser bom se temos uma vida agitada fora ou dentro de casa ou se mesmo sem isto, sabemos nos relacionar com nós mesmos, cozinhando, limpando, cultivando plantas, lendo bons livros e não perdendo o interesse pela vida fora de si mesmo.

Somos sós. estamos sós, na maior parte do tempo, ainda que não tenhamos coragem de enfrentar este fato. Podemos estar em multidão, que não adianta se esconder de si mesmo. Nossas dores, ansiedades, alegrias, vantagens e desvantagens, eficiências e deficiências são únicas e particulares.

A reportagem  indica simplesmente o número do IBGE e não diz mais nada. É apenas uma solitária informação, da pior espécie.

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