sexta-feira, 29 de junho de 2012

A vida na porta da geladeira

Terminei hoje de ler este livro que escolhi em uma troca de livros.
Tenho uma pilha imensa de livros para ler, mas quando troco livros acabo conhecendo novos autores e livros que nem sabia que existiam e que furam a fila das minhas escolhas iniciais. E este chegou depois do "Fazendo Pose". Fui lendo aos bocadinhos, em paralelo e hoje terminei a leitura em lágrimas.
Quem já não teve ou tem que se comunicar com pessoas queridas através de bilhetinhos breves e agora até pelas redes sociais e-ou e-mails escancarando a vida real?
Cada vez menos tempo para se entregar, para curtir paixões de verdade é o risco que todos correm.
Felizes os que ainda conseguem se organizar para deixar bilhetinhos aqui e ali.
Este romance se passa basicamente na porta da geladeira, na casa de Claire e sua mãe divorciada. A pequena família se encontra através dos bilhetes.
Faz pensar sobre as nossas vidas e dá uma vontade danada de rebobinar o nosso filme, de pedir mais tempo ou de tentar recomeçar com novo fôlego.
Um belo livro para presentear. O livro foi traduzido para várias línguas e tem inclusive em português  sob o título "A vida na porta da geladeira".

Fazendo Pose


Postura da Árvore
Finalmente este ano comecei as aulas de Yoga. Não foi fácil escolher um espaço para a prática. Quando se é mais velho, as limitações físicas falam mais alto e o receio de fazer práticas prejudiciais à saúde é enorme.

Fiz aula de avaliação em 4 centros e todos tinham prós e contras, como tudo na vida. Quase adiei o projeto para mais um ano, mas então recebi a dica de um centro perto de casa, em um horário super cedo da manhã e a professora é ótima. Entrei e faz 3 meses que estou praticando.

Sim, a ioga transforma nossa vida, nosso corpo, e especialmente nossos pensamentos.
Ioga não é sinônimo de perfeição, pelo contrário e faz a gente se dar conta que a vida pode ser muito simples e saudável. Respirando, soltando, entregando, distribuindo energia para canto do corpo e da alma.

Como uma prática leva a outra, terminei de ler o livro de Claire Dederer - Fazendo Pose, no qual a autora através de práticas da ioga vai contando a própria vida e da família dela lá nos EUA. Gostei. Recebi em uma troca de livros, mas vou ficar com ele para releituras.

Quem sabe acho um centro de ioga nos EUA para praticar enquanto estiver por lá? 

quarta-feira, 27 de junho de 2012

Tudo tem limite...até o medo. Felizmente!

Hoje soube que morreu Nora Ephron. Que perda. Soube que ela não divulgava que estava doente.
Quanta coisa não divulgamos e guardamos para os mais íntimos  e secretos espaços. Mas a morte extingue segredos e torna públicos os nossos medos.


Tenho estado longe da internet, da virtualização da vida real, mas hoje quero registrar que até o medo tem limite.

Andei com muito medo. Tenho que arrumar mala, tenho que deixar tudo organizado para partir de modo leve. Ontem fui ao cinema para ver um drama bobinho só porque a cidade onde tudo acontece é a cidade para onde vou daqui a poucos dias - sozinha!

É a minha primeira viagem sozinha. Normalmente começo a separar as coisas que quero levar com bastante antecedência, mas desta vez, estava paralisada.

Hoje me mexi. Quero levar pouca coisa. Não quero abrir mão desta escolha: uma pequena mala de bordo e uma mochila. Quero entrar leve em um país que me amedronta seja pelo tamanho, seja pela língua.

Quero chegar com 57kg, ou melhor 56kg mas o frio que tem feito aqui tem puxado meu peso para 58kg.

Sempre que viajo costumo arrumar alguns papéis e hoje achei dois diários - um de 2006 e outro de 2007. Que bizarro ler o passado.

Vou picar tudo e fazer uma fogueira atrasada de São João!


"Recordar é caminhar sozinho de volta ao curso de um rio seco".

Ossip Mandeinstam

quinta-feira, 21 de junho de 2012

ah se eu soubesse...


Este ano tenho assistido filmes excepcionais. Ou estou menos exigente, ou estou realmente com sorte. Esta semana assisti "Amor Impossível" e adorei. Semana passada assisti o filme de Polanski "Deus da Carnificina" e também adorei. Antes destes dois tantos outros todos fantásticos.
Recentemente estive no Uruguai, que também adoro, e no Teatro Solis (na sala secundária) assisti "El Tobogan", peça que como todos os últimos filmes que tenho assistido faz pensar na família e nas relações in-out.